Do UOL Notícias
Em São Paulo
Em pronunciamento na tarde desta quinta-feira (18), o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, disse que tem uma carta renúncia pronta, mas disse que vai esperar para tomar uma decisão sobre seu futuro político. Ele continua, portanto, a frente do governo do DF, encerrando as especulações sobre sua possível renúncia.
"Apesar de ter minha carta de renuncia pronta e entregue à líder do meu partido, Eliana Pedrosa, eu aguardo alguns dias e, aí sim, tomaremos as decisões necessárias", disse. "Estou pronto, se for necessário, a renunciar. Durante à tarde, ouvi apelos de muitos partidos políticos e da imensa maioria da população brasiliense."
Paulo Octávio lembrou a falta de apoio dos partidos e pediu ajuda na governabilidade. Octávio disse ainda que Brasília atravessa "a maior crise política de seus 50 anos de existência". O governador interino disse ainda que uma possível intervenção federal no Distrito Federal seria uma "derrota para o todo o povo brasileiro".
"Não sou candidato ao governo, já renunciei (a isso), mas não posso renunciar ainda", afirmou Paulo Octávio.
O governador interino se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Cultural Banco do Brasil, sede provisória da Presidência da República em Brasília pela manhã. Participaram também do encontro o novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O DEM vai avaliar a situação de Paulo Octávio na semana que vem. O partido poderá expulsar Octávio e intervir no Diretório Regional do DF. A estratégia de lideranças nacionais da legenda é a de tentar isolar a corrupção no partido no Distrito Federal. Desde a prisão de José Roberto Arruda, em 11 de fevereiro, o vice Paulo Octavio atua como governador interino do Distrito Federal.
Eleito em 2006 na chapa dos Democratas, Paulo Octávio Alves Pereira também presidia, desde 2008, a Regional do DEM-DF, cargo do qual se licenciou quando assumiu o governo.
O titular do cargo, José Roberto Arruda, está preso após decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e referendada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello na semana passada. Arruda é acusado de participação de tentativa de suborno de uma testemunha do chamado mensalão do DEM, o esquema de enriquecimento ilícito e pagamento de propina a políticos por empresas de informática que tinham contratos no governo do DF, de acordo com investigação da Polícia Federal. Octávio é citado nas investigações e nega envolvimento no esquema.
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