terça-feira, 31 de março de 2009

Fatos históricos do dia 31 de março

Golpe derruba Jango
Em 1964, o presidente João Goulart (foto) é derrubado por um golpe militar. Uma forte pressão de setores da classe média levaram à queda do presidente, que tentava aplicar no Brasil as chamadas "reformas de base". O primeiro líder do regime, que durou 21 anos, foi o marechal Castello Branco.

1493 - Morre Martin Alonso Pinzón, navegante espanhol.
1596 - Nasce René Descartes, filósofo francês.
1727 - Morre Isaac Newton, físico e matemático britânico.
1732 - Nasce Franz Joseph Haydn, compositor austríaco.
1811 - Nasce Robert G. Bunsen, químico alemão.
1829 - O cardeal Castiglioni é eleito Papa, com o nome de Pio VIII.
1886 - A esquadra espanhola, comandada por Méndez Núñez, bombardeia a cidade chilena de Valparaíso, em resposta à negativa do Chile se submeter a questionamenos dos espanhóis.
1903 - Primeira explicação das propriedades do rádio pelo casal Curie na Academia de Ciências de Londres.
1914 - Nasce Octavio Paz, escritor e ensaísta mexicano.
1931 - Um terremoto devasta Manágua, capital da Nicarágua, e deixa 1,5 mil mortos e 3 mil feridos.
1932 - Nasce Nagisa Oshima, cineasta japonês.
1933 - O presidente do Uruguai, Gabriel Terra, dá um golpe de Estado e dissolve o Parlamento.
1934 - Nasce Carlo Rubbia, físico italiano, Prêmio Nobel de 1984.
1935 - Nasce Richard Chamberlain, ator norte-americano.
1947 - Nasce César Gaviria, ex-presidente de Colômbia e secretário geral da OEA.
1948 - Nasce Albert Gore, vice-presidente dos Estados Unidos e ex-candidato à presidência.
1958 - Nikita Kruschev anuncia que a União Soviética decidiu acabar unilateralmente com seus testes com armas nucleares.
1966 - Termina a visita do arcebispo de Canterbury ao papa Paulo VI em Roma, o que contribui com a aproximação entre as Igrejas Anglicana e Católica.
1972 - Nasce Alejandro Amenábar, cineasta hispano-chileno.
1979 - Os países árabes declaram um boicote total ao Egito por ter assinado a paz com Israel.
1983 - Um terremoto destrói 60% da cidade colombiana de Popayán, onde morrem 234 pessoas e cerca de 1,2 mil ficam feridas.
1986 - Um Boeing 727 da Companhia Mexicana de Aviação, com 166 passageiros, explode meia hora após decolar da Cidade do México. Não houve sobreviventes.
1989 - Yasser Arafat é proclamado presidente da Palestina por decisão unânime dos 70 membros do Comitê Central da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), reunidos em Túnis.
1990 - Morre Joseph Hirschfelder, cientista norte-americano, um dos "pais" da bomba atômica.
1992 - Bóris Yeltsin assina em Moscou o Tratado da Federação, com 18 repúblicas russas.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Dilma supera Aécio na disputa pela sucessão presidencial; Serra lidera

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira mostra o crescimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na corrida pela sucessão presidencial. Pela primeira vez desde que ela foi apontada como pré-candidata, o nome de Dilma aparece na frente do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), na pesquisa espontânea --em que os nomes dos candidatos não são apresentados aos eleitores.

Dilma aparece em terceiro lugar com 3,6% das intenções de voto na pesquisa espontânea, seguida por Aécio, que somou 2,9% dos votos. Apesar do crescimento de Dilma, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), mantém a liderança na corrida pelo Palácio do Planalto --perdendo apenas na pesquisa espontânea para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não pode disputar o terceiro mandato.

Lula aparece em primeiro lugar na espontânea, com o apoio de 16% dos entrevistados. Em segundo lugar aparece o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), com 8,8% das intenções de voto. O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) aparece em quinto lugar na pesquisa espontânea, com 1,5% das intenções de votos, seguido pela ex-senadora Heloísa Helena (PSOL), que teve o apoio de 1,4% dos eleitores. Os demais candidatos somam 1,7% dos votos, além de 7% dos eleitores que votariam em branco ou nulo.

Na disputa direta entre Dilma, Serra e Heloísa Helena, o governador de São Paulo venceria a disputa com 45,7% dos votos. O índice cresceu três pontos percentuais em relação à pesquisa divulgada em janeiro, quando Serra somou 42,8% dos votos. Dilma recebeu 16,3% das intenções de voto, contra 13,5% registrados pela petista em janeiro. Heloísa Helena, por sua vez, recebeu 11% das intenções de voto contra 11,2% em janeiro.

Já na disputa entre Dilma, Aécio e Heloísa Helena, há empate técnico entre a ministra e o governador de Minas. Aécio somou 22% das intenções de voto em março contra 19,9% recebidos pela ministra. Heloísa Helena aparece em terceiro lugar com 17,4% das intenções de voto. Em janeiro, Aécio apareceu mais à frente de Dilma com 23,3% dos votos, contra 16,4% da petista.

"A gente vai notando que a Dilma vai ganhando espaço sobre o Aécio. A pesquisa mostra que a população está com maior percepção das eleições do que em pesquisas anteriores", disse o diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes.

Quando Dilma é substituída por Ciro Gomes na disputa com Serra e Heloísa Helena, o governador de SP ganha com 43,1% das intenções de voto. Ciro recebeu em março 14,9%, contra 12,8% de Heloísa Helena.

Já na substituição de Serra por Aécio, o tucano registra empate técnico com Ciro. O governador de Minas recebeu 21,2% dos votos, contra 19,2% do deputado. Heloísa Helena também aparece tecnicamente empatada com os dois candidatos, com 19% dos votos.

Segundo turno

Nas simulações de disputas em segundo turno, Serra sai vencedor em todos os cenários, mas quando é substituído por Aécio, o governador de Minas registra empate técnico com a ministra Dilma.

Na disputa direta entre Serra e Dilma, o tucano recebeu em março deste ano 53,5% dos votos, contra 21,3% para Dilma. Em janeiro, Serra recebeu 50,8% contra 16,6% de Dilma.

Na disputa Dilma x Aécio, há empate técnico, com 29,1% dos votos para a petista e 28,3% para o governador de Minas.

Em janeiro, a vantagem de Aécio sobre Dilma era maior, quando o governador conquistou 30,4% das intenções de voto, contra 23,9% para Dilma.

No cenário de disputa em segundo turno entre Serra e Ciro, o tucano venceria a disputa com 49,9% dos votos, contra 20,3% recebidos pelo deputado.

Já na disputa entre Aécio e Ciro, o deputado venceria a disputa com 31,2% dos votos, contra 26,8% do governador de Minas.

A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 23 e 27 de março, em 136 municípios de 24 Estados. Foram ouvidas 2.000 pessoas, e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou menos.

domingo, 29 de março de 2009

Dez segredos para vender melhor um produto, projeto ou idéia

da Folha Online

Vender é um processo contínuo; um misto de arte e ciência. Um conjunto de atividades que, somente quando bem desenvolvidas, levam ao sucesso. Quem precisa fechar bons negócios precisa estar atento a cada detalhe desde o primeiro contato com o cliente.
Reprodução
Livro traz conselhos valiosos de grandes personalidades para vender mais
Livro traz conselhos valiosos de personalidades para vender mais

A simples ação de vender um produto requer técnicas elaboradas de persuasão. Um bom vendedor precisa entender as necessidades do mercado e se antecipar aos desejos do cliente. O livro "As 100 Melhores Dicas de Vendas dos Últimos Tempos" reúne orientações e conselhos de vendedores dinâmicos, figuras lendárias e personagens históricos que ensinam os princípios da negociação e mostram como vender mais. O livro da Editora Best Seller está à venda na Livraria da Folha.

Essa reunião de idéias ao mesmo tempo concretas e inspiradoras é arma valiosa para superar obstáculos e vencer. Ensina que traçar boas estratégias é fundamental para vender cada projeto, seja um produto, um serviço ou até mesmo uma idéia. A obra ensina ainda como cativar o cliente e estabelecer laços de confiança.

O livro funciona como um guia para ajudar iniciantes a darem os primeiros passos. Quem já está na área de vendas há mais tempo também não pode deixar de conferir as orientações. Os textos reunidos são uma excelente oportunidade para os mais experientes se aperfeiçoarem na área. Os pensamentos foram organizados por Leslie Pockell e Adrienne Avila em quatro partes: Motivação, Preparação, Apresentação e Serviço.

Veja abaixo dez conselhos retirados do livro "As 100 Melhores Dicas de Vendas dos Últimos Tempos".

Atenção: o texto reproduzido abaixo mantém a ortografia original do livro e não está atualizado de acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico. Conheça o livro "Escrevendo pela Nova Ortografia".

*

1. "Você tem de focar sua mente no sucesso. Tem de sentir que as coisas o estão favorecendo quando estiver vendendo; do contrário, não será capaz de vender nada" -- Curtis Carlson.

2. "A cada segunda-feira, estou uma venda mais próximo -- e a uma idéia de distância -- de me tornar milionário" -- Larry D. Turner.

3. "Tenha sempre em mente que nossa própria determinação de ser bem-sucedido é mais importante que qualquer outra coisa" -- Abraham Lincoln.

4. "O elemento essencial do magnetismo pessoal é a sinceridade absoluta -- a fé inabalável na importância do trabalho que tem que ser feito" -- Bruce Barton.

5. "Um segredo importante do sucesso é a autoconfiança. Um segredo importante da autoconfiança é a preparação" -- Arthur Ashe.

6. "A falha na preparação é a preparação para a falha" -- Benjamin Franklin.

7. "Somos aquilo que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito" -- Aristóteles.

8. "Muitas coisas pequenas tornaram-se grandes pelo tipo certo de propaganda" -- Mark Twain.

9. "Se decidir fazer algum comentário, fale com clareza; elabore cada palavra antes lançá-la no ar" -- Oliver Wendell Holmes.

10. "Lembre-se, o que seus clientes compram não é o seu produto. É você. E se eles o compram, serão capazes de vender seu produto para você. Trato os meus clientes em potencial como trataria um estranho que quisesse transformar em amigo" -- Alfreed E. Lyon.

sábado, 28 de março de 2009

SÓ O FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHAS POLÍTICAS ACABARÁ COM ESSA "POUCA VERGONHA"

EMPRESA COMPRA MANDATO PARA PARLAMENTARES AMIGOS

O que Publicam os Jornais de Hoje



Folha de S. Paulo

Manchete: Investigação atinge outra obra da Camargo Corrêa
Ministério Público vai apurar se houve desvio na usina de Tucuruí (PA)

O Ministério Público, que investiga supostas doações ilegais da Camargo Corrêa a partidos, incluirá a usina de Tucuruí (PA) no rol de obra sob suspeita de superfaturamento. A apuração integra operação em que quatro diretores da empresa foram presos pela Polícia Federal. Para a Procuradoria, o dinheiro eventualmente pago a mais pode ter sido usado pela empreiteira em doações irregulares. Segundo ação na Justiça do Pará, a obra das eclusas de Tucuruí foi orçada em R$ 230,6 milhões, dos quais R$ 6,8 milhões teriam sido desviados. Apontado pela PF como coordenador da distribuição de doações da empreiteira, Luiz Henrique Maia Bezerra, representante da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em Brasília, é filho do ministro do Tribunal de Contas da União Valmir Campelo. Campelo é relator de processos que envolvem a Camargo Corrêa. Para ele, não existe conflito de interesses. Bezerra não quis falar. O ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, contratado para defender a Camargo Corrêa, disse acreditar que a empresa não cometeu crimes. (pág. 1 e Brasil)


Controle interno do Senado não controla gastos
Desde 2007, o acesso da Secretaria de Controle Interno do Senado à totalidade da folha de pessoal da Casa, de R$ 2,2 bilhões anuais, está bloqueado, relata Andréa Michael. A medida impede a fiscalização. A secretaria voltará a poder acessar os dados, diz o Senado. (págs. 1 e A14)

Supremo acaba com prioridade de medida provisória
O ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello apoiou a interpretação do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que permite ao Legislativo analisar projetos mesmo sem ter votado medidas provisórias. A questão vai ao plenário do STF. (págs. 1 e A11)

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O Estado de S. Paulo


PF indicia diretor e secretária da Camargo
A Polícia Federal indicou o engenheiro Raggi Badra Neto, diretor de Licitações da Construtora Camargo Corrêa. Preso anteontem na Operação Castelo de Areia, ele é investigado por ter mantido contato frequente com o doleiro Kurt Paul Pickel com suposto objetivo de fazer remessas ilegais para o exterior. Também foi indiciada a secretária Darcy Flores Alvarenga, presa por ter agendado encontros de diretores da empreiteira com doleiros. (págs. 1, A4 a A7)


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Correio Braziliense

Para a PF, empreiteira mantinha candidatos, não partidos
No inquérito sobre a empreiteira Camargo Corrêa, a Polícia Federal informa detalhes do esquema ilegal de financiamento político. Segundo os federais, a conexão de recursos sujos abastecia o caixa de candidatos de vários partidos, não havendo predileção por nenhum deles. (págs. 1, Tema do Dia e págs. 2 e 3)

Reforma de apartamentos da Câmara empaca por dinheiro
Contratada para reformar quatro blocos de apartamentos na 302 Norte, a Palma Engenharia interrompeu as obras por falta de dinheiro. Do contrato de R$ 30 milhões, a empreiteira já recebeu R$ 9,6 milhões da Câmara. Agora, condiciona a retomada da obra a um empréstimo bancário. (págs. 1 e 5)

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o globo


Ministro do TCU é pai de suspeito investigado
O Tribunal de Contas da União (TCU), que investiga irregularidades em obras da Camargo Corrêa, tem entre seus ministros Valmir Campelo Bezerra, pai de Luiz Henrique Bezerra, um dos diretores da Fiesp citados em grampo feito pela PF na Operação Castelo da Areia. O diretor é suspeito de intermediar doações ilegais da construtora para partidos políticos. (págs. 1 e 3

quinta-feira, 26 de março de 2009

Blog do Josias: Grupo de Tarso lança candidatura de Dilma a 2010

da Folha Online

Antecipando-se à decisão partidária, a corrente "Mensagem ao Partido", segundo maior grupo do PT, lançou um manifesto em que declara apoio à candidatura de Dilma Rousseff para 2010, informa o blog do Josias.

"Consideramos a companheira Dilma Rousseff [...] uma solução adequada para a nova vitória em 2010... E para a continuidade e aprofundamento das medidas essenciais que marcam a presidência de Lula."

O grupo "Mensagem ao Partido" foi criado em fevereiro de 2007, e surgiu pregando a reforma ética no PT pós-mensalão e a oxigenação do diálogo interno.

Segundo o blog, um de seus expoentes, o deputado José Eduardo Cardozo (SP), converteu-se em secretário-geral do PT --segundo posto na hierarquia partidária.

O blog informa que o apoio a Dilma vem à luz num encontro que o grupo realiza no Rio. Começou neste sábado (21), com a presença da candidata de Lula, e termina neste domingo (22).

Leia mais no blog do Josias.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Caminho está aberto para realizar as prévias no PSDB, diz Aécio

da Folha Online

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse nesta quarta-feira que a posição tomada ontem pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre as prévias partidárias abriu caminho para o PSDB para realizar debates internos e definir o candidato à sucessão presidencial de 2010.

"Acho que agora o caminho está aberto para que o partido possa, através da sua Executiva Nacional, se reunir e regulamentá-las [as prévias]", afirmou Aécio em entrevista divulgada por sua assessoria de imprensa.

Ontem o TSE respondeu à consulta feita pelo PSDB para definir as regras das prévias. Uma das questões tratava do prazo para realizar os debates. Os ministros entenderam que cabe aos partidos, e não à Corte, definir as datas.

Os ministros também definiram que as legendas não podem fazer propaganda fora dos partidos, o que exclui divulgação das pré-candidaturas por meio de rádio, televisão, outdoor, página na internet, e-mails, faixas, panfletos e cartas.

Para os magistrados, a divulgação das prévias poderia se "revestir de propaganda eleitoral antecipada" e comprometer "a fiscalização pela Justiça Eleitoral".

O TSE autorizou, no entanto, que o partido utilize as verbas do Fundo Partidário para pagar os gastos com a propaganda intrapartidária.

A sigla também poderá receber doações de pessoas físicas e jurídicas para realizar as prévias.

Um dos principais defensores da realizações das prévias no PSDB, Aécio disse hoje que não esperava uma decisão diferente da que foi tomada ontem pelo TSE.

O governador admitiu, porém, que esperava a possibilidade de que um debate "mais abrangente" mas disse acreditar que, da forma que foi colocada, atinge seus objetivos.

"Acho que foi um passo importante e agora é aguardar a decisão por parte da direção nacional do partido.

Mas continuo achando que seriam muito produtivo que neste primeiro semestre, antes mesmo de qualquer disputa, nós pudéssemos até conjuntamente onde isso for possível, o governador [de São Paulo, José] Serra [PSDB], eu, as lideranças do PSDB, do Democratas, do PPS, nossos líderes, andarmos juntos pelo país, falando às nossas bases, e ouvindo as nossas bases", afirmou Aécio.

Aécio e Serra disputam a indicação do PSDB para concorrer à Presidência da República em 2010.

Na avaliação de Aécio, o ideal seria realizar as prévias entre outubro e novembro deste ano realize para que no início de 2010 o PSDB já tenha o seu candidato.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ministério da Cultura disponibiliza nova Lei Rouanet para consulta




O ministro Juca Ferreira, que defende modelo para financiar projetos culturais menores


GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O Ministério da Cultura vai disponibilizar a partir desta segunda-feira, em seu site na internet, o novo projeto da Lei Rouanet --que tem como objetivo alterar o atual modelo de financiamento para o setor cultural brasileiro.
Antonio Cruz/ABr


O texto ficará disponível por 45 dias para consulta, depois será enviado para análise do Congresso Nacional. O ministro Juca Ferreira (Cultura) disse esperar a votação do texto pelo Legislativo ainda este ano.

Com duras críticas ao atual modelo da Lei Rouanet, Ferreira disse que o objetivo das mudanças é permitir que o financiamento das empresas privadas a atividades culturais não se restrinja a grandes produções artísticas nem ao eixo Rio de Janeiro-São Paulo, como ocorre no modelo atual.

O governo também quer acabar com a cobrança elevada dos ingressos para espetáculos culturais no país.

O ministro disse que metade dos recursos captados pela Lei Rouanet, atualmente, são repassados a apenas 3% dos produtores culturais. "Não há política pública que resista. Isso é dirigismo, tão perigoso quanto o dirigismo estatal. Quem paga o preço é a população brasileira. Artista novo que não é do gosto público tem dificuldades de ter acesso à Lei Rouanet", afirmou.

Renúncia Fiscal

A principal mudança diz respeito à renúncia fiscal das empresas que optarem por financiar projetos culturais. Hoje existem apenas duas faixas de isenção de Imposto de Renda para as empresas, de acordo com a lei: 30% ou 100%.

Pela proposta, haverá um escalonamento maior. O Ministério da Cultura vai criar outras quatro faixas de renúncia, de 60%, 70%, 80% e 90%. Os critérios para o uso dos impostos serão estabelecidos por um conselho, composto por governo e sociedade, de forma paritária, correspondente ao atual Cnic (Comissão Nacional de Incentivo a Cultura).

O conselho também vai poder interferir na faixa de renúncia, assim como verificar se a proposta de financiamento vai atender a projetos de diversas áreas culturais, com preços mais acessíveis para a população.

"Tem áreas da cultura que não têm acesso à lei porque interessa ao empresário financiar algo que dê retorno. A última palavra cabe à direção de marketing da empresa, isso tem que mudar", afirmou.

Pelo novo texto, o conselho vai definir anualmente, por meio de portaria, os critérios da renúncia, relacionando-os com cada faixa. Embora o projeto de lei não esclareça esses critérios, Ferreira, disse que a prioridade serão o preço do ingresso, o acesso ao espetáculo e sua diversidade cultural.

"Projetos de música popular brasileira têm hoje só 30% de renúncia. Por que? Não se justifica esse preconceito contra a música. Por que outras áreas têm 100% de renúncia? Os índices serão analisados mediante avaliação", disse.

Na opinião de Ferreira, a remodelação do atual modelo da Lei Rouanet vai impedir que recursos "adormecidos" não sejam aplicados anualmente pelo governo no setor cultura.

Fundo

O projeto também prevê mudanças no Fundo Nacional de Cultura, que passa a contar com recursos do Tesouro Nacional. Também haverá fundos setoriais de financiamento direto da cultura, como de memória e patrimônio, de cidadania e diversidade, artes e equalização.

O governo também que implementar um "Vale Cultura" no valor mensal de R$ 50, nos moldes do atual "Vale Refeição", que poderá ser utilizado no acesso a espetáculos de artes visuais, artes cênicas, audiovisual, música e patrimônio cultural. Pelo projeto, o governo dará renúncia fiscal para 30% do seu valor, o empregador pagará 50% do valor e o trabalhador, 20%.

"Ao invés de alimentar o estômago, o Vale Refeição vai alimentar o espírito", disse o ministro.

Leia mais

sexta-feira, 20 de março de 2009

FMI prevê recessão sistêmica pela primeira vez em 60 anos (Tribuna da Imprensa)

WASHINGTON - O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou ontem que o PIB (Produto Interno Bruto) mundial registrará este ano sua primeira contração em 60 anos, ficando entre -0,5% e -1%. Já para 2010, e entidade aponta para um crescimento entre 1,5% e 2,5%.

"Apesar dos maiores pacotes de estímulo anunciados pelas economias desenvolvidas e os principais mercados emergentes, os volumes de comércio recuam rapidamente, enquanto os dados de produção e emprego sugerem que a atividade global continua a se deteriorar no quarto trimestre de 2009'', apontou o FMI no relatório que será entregue ao G20 (grupo dos países desenvolvidos e principais emergentes), que se encontrará no próximo mês em Londres para discutir meios de aplacar a crise.

Para as economias avançadas, o FMI prevê uma "recessão profunda'', com um retrocesso do PIB de -2,6% nos Estados Unidos e de -5,8% no Japão, países que correm um "risco elevado'' de deflação, e de -3,2% na zona do euro.

"Trazer de volta o crescimento global dependerá principalmente de mais ações coordenadas para estabilizar as condições de crédito, bem como dar um forte suporte político para reforçar a demanda'', disse o FMI no relatório.

Sobre a América Latina, o FMI disse que as condições de crédito pioradas e o enfraquecimento da demanda externa deve fazer com que a região tenha uma queda brusca no crescimento, onde o Brasil "desaceleraria fortemente'' e o México entraria em recessão.
Lipsky

O relatório confirma a informação dada quarta-feira pelo número dois do FMI (Fundo Monetário Internacional), John Lipsky, durante seminário internacional de energia organizado pela Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo), em Viena.

"As previsões de janeiro antecipavam este ano um crescimento mundial de meio ponto percentual, e o prognóstico revisado mostrará uma cifra modestamente negativa'', afirmou Lipsky. "A queda da economia mundial no mundial no último trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano é o mais forte desde que o FMI começou a compilar dados.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Ex-presidente Collor diz que foi um erro bloquear poupança

O ex-presidente e atual senador pelo PTB-AL Fernando Collor de Mello admitiu que o bloqueio da poupança, medida adotada por ele em 1990 a pretexto de conter inflação, foi um equívoco, e que “tropeços aconteceram” quando esteve na Presidência da República. As revelações foram feitas hoje (18) durante a gravação do Programa 3 a 1, da Rede Brasil.

“Naquela época, querendo fazer os ajustes de forma rápida, equivoquei-me. Certamente, eu não teria adotado um programa econômico que causasse tanto desassossego”, disse. “Se tivesse outra chance, não teria bloqueado a poupança de pessoas físicas e jurídicas”, completou.

Collor se recusou a classificar a medida como confisco. “A meu ver o que fizemos foi bloqueio [da poupança]”, argumentou.

O ex-presidente admitiu ainda ter cometido outros “erros cruciais e fatais”. Entre eles, citou “a falta de diálogo com a classe política e com políticos e empresários de São Paulo".

domingo, 15 de março de 2009

World Wide Web - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ir para: navegação, pesquisa

Nota: Para outros significados de WorldWideWeb, ver WorldWideWeb.


O histórico logo de WWW, feito por Robert Cailliau.

A World Wide Web (que em português significa, "Rede de alcance mundial"; também conhecida como Web e WWW) é um sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na Internet.

Os documentos podem estar na forma de vídeos, sons, hipertextos e figuras. Para visualizar a informação, pode-se usar um programa de computador chamado navegador para descarregar informações (chamadas "documentos" ou "páginas") de servidores web (ou "sítios") e mostrá-los na tela do usuário. O usuário pode então seguir as hiperligações na página para outros documentos ou mesmo enviar informações de volta para o servidor para interagir com ele. O ato de seguir hiperligações é, comumente, chamado de "navegar" ou "surfar" na Web.

Índice


* 1 História
* 2 Funcionamento
* 3 Padrões
* 4 Tecnologias relacionadas
o 4.1 Navegador
o 4.2 Plataforma Java
o 4.3 JavaScript
o 4.4 AJAX
o 4.5 Plataforma Flash
o 4.6 CGI
* 5 Aspecto profissional
* 6 Notas e Referências
* 7 Ver também

História

As idéias por trás da Web podem ser identificadas ainda em 1980, na CERN (Suíça), quando Tim Berners-Lee construiu o ENQUIRE. Ainda que diferente da Web atualmente, o projeto continha algumas das mesmas idéias primordiais, e também algumas idéias da web semântica. Seu intento original do sistema foi tornar mais fácil o compartilhamento de documentos de pesquisas entre os colegas.

Em março de 1989, Tim Berners-Lee escreveu uma proposta de gerenciamento de informação[1], que referenciava o ENQUIRE e descrevia um sistema de informação mais elaborado. Com a ajuda de Robert Cailliau, ele publicou uma proposta[2]mais formal para a World Wide Web no final de 1990.
O primeiro servidor web, um NeXTcube usado por Berners-Lee no CERN

Um computador NeXTcube foi usado por Berners-Lee com primeiro servidor web e também para escrever o primeiro navegador, o WorldWideWeb, em 1990. No final do mesmo ano, Berners-Lee já havia construído todas as ferramentas necessárias para o sistema[3]: o navegador, o servidor e as primeiras páginas web[4], que descreviam o próprio projeto. Em 6 de agosto de 1991, ele postou um resumo[5] no grupo de notícias alt.hypertext. Essa data marca a estréia da Web como um serviço publicado na Internet.

O conceito crucial do hipertexto originou-se em projetos da década de 1960, como o projeto Xanadu e o NLS. A idéia revolucionária de Tim foi unir o hipertexto e a Internet. Em seu livro Weaving The Web[6], ele explica que sugeriu repetidamente o casamento das tecnologias para membros de ambas as comunidades de desenvolvedores. Como ninguém implementou sua idéia, ele decidiu implementar o projeto por conta própria. No processo, ele desenvolveu um sistema de identificação global e único de recursos, o Uniform Resource Identifier (URI).

Sistemas anteriores diferenciavam-se da Web em alguns aspectos. na Web uma hiperligação é unidirecional enquanto trabalhos anteriores somente tratavam ligações bidirecionais. Isso tornou possível criar uma hiperligação sem qualquer ação do autor do documento sendo ligado, reduzindo significativamente a dificuldade em implementar um servidor Web e um navegador. Por outro lado, o sistema unidirecional é responsável por o que atualmente chama-se hiperligação quebrada, isto é, uma hiperligação que aponta para uma página não disponível devido à evolução contínua dos recursos da Internet com o tempo.

Diferente de sistemas anteriores como o HyperCard, a World Wide Web não era software proprietário, tornando possível a criação de outros sistemas e extensões sem a preocupação de licenciamento. Em 30 de abril de 1993, a CERN anunciou[7] que a World Wide Web seria livre para todos, sem custo. Nos dois meses após o anúncio que o gopher já não era mais livre, produziu-se uma mudança para a Web. Um antigo navegador popular era o ViolaWWW, que era baseado no HyperCard.

Considera-se que a grande virada da WWW começou com a introdução do Mosaic em 1993, um navegador gráfico desenvolvido por um time de desenvolvedores universitários. Antes de seu lançamento, os gráficos não eram freqüentemente misturados com texto em páginas web.

Funcionamento
Representação gráfica da WWW em torno da Wikipédia

Visualizar uma página web ou outro recurso disponibilizado normalmente inicia ou ao digitar uma URL no navegador ou seguindo (acessando) uma hiperligação. Primeiramente, a parte da URL referente ao servidor web é separada e transformada em um endereço IP, por um banco de dados da Internet chamado Domain name system (DNS). O navegador estabelece então uma conexão TCP-IP com o servidor web localizado no endereço IP retornado.

O próximo passo é o navegador enviar uma requisição HTTP[8] ao servidor para obter o recurso indicado pela parte restante da URL (retirando-se a parte do servidor). No caso de uma página web típica, o texto HTML é recebido e interpretado pelo navegador, que realiza então requisições adicionais para figuras, arquivos de formatação, arquivos de script e outros recursos que fazem parte da página.

O navegador então renderiza a página na tela do usuário, assim como descrita pelos arquivos que a compõe.

[editar] Padrões

A funcionalidade da Web é baseada em três padrões:

* URI, um sistema que especifica como cada página de informação recebe um "endereço" único onde pode ser encontrada. Esse padrão é definido em RFC 1738 (URL, em dezembro de 1994) e RFC 3986 (URI, em janeiro de 2005).
* HTTP, um protocolo que especifica como o navegador e servidor web comunicam entre si. Esse padrão é definido em RFC 1945 (HTTP/1.0, maio de 1996), RFC 2616 (HTTP/1.1, junho de 1999) e RFC 2617 (autenticação HTTP).
* HTML, uma linguagem de marcação para codificar a informação de modo que possa ser exibida em uma grande quantidade de dispositivos. Esse padrão é definido em HTML 1[9], RFC 1866 (HTML 2.0), HTML 3.2[10], HTML 4.01[11] e XHTML[12].

Tecnologias relacionadas

Navegador

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O navegador é um programa de computador usado para visualizar recursos da WWW, como páginas web, imagens e vídeos. Com ele também é possível por comunicar-se com o servidor web a fim de receber ou enviar informações. O primeiro navegador desenvolvido no CERN foi o WorldWideWeb, pelo próprio Tim Berners-Lee, para plataforma NeXTSTEP em 1990. Mas mais adiante surgiram outros navegadores como o Viola, da Pei Wei (1992). Marc Andreessen, da NCSA lançou um navegador chamado "Mosaic para X" em 1993 que causou um tremendo aumento na popularidade da Web entre usuários novos. Andreesen fundou a Mosaic Communication Corporation (hoje Netscape Communications). Características adicionais como conteúdo dinâmico, música e animação podem ser encontrados em navegadores modernos. Freqüentemente, as capacidades técnicas de navegadores e servidores avançam muito mais rápido que os padrões conseguem se ajustar, por isso não é incomum que essas características não funcionem propriamente em todos os computadores.

A necessidade de encontrar exatamente a informação desejada surgiu com a WWW: desta constatação vieram os primeiros motores de busca.

Plataforma Java

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Um avanço significativo da Web foi a plataforma Java, desenvolvida pela Sun Microsystems. Ela permite que páginas web incrustem pequenos programas (chamados applets) diretamente dentro da informação enviada que será rodada no computador do usuário. Esses applets são executados na própria máquina cliente, fornecendo uma experiência mais rica para o usuário. Essa tecnologia nunca ganhou a popularidade que a Sun esperava, por uma variedade de razões, incluindo falta de integração com outros conteúdos e o fato de que a JVM (máquina virtual necessária para a execução do conteúdo) ter que ser instalada antes do uso. Atualmente o Adobe Flash realiza várias das funções originalmente visadas aos applets Java, como apresentação de vídeo, animação e interfaces gráficas ricas.

JavaScript

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O JavaScript é uma linguagem de computador interpretada desenvolvida originalmente para uso em páginas web, cuja versão padronizada é ECMAScript. Ainda que seu nome seja similar ao da linguagem Java, o JavaScript foi desenvolvido pela Netscape e não possui semelhanças com o Java. Em conjunto com a tecnologia de Document Object Model, o JavaScript tornou-se um método bastante poderoso de manipulação de páginas web.

AJAX

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Em sua forma mais simples, todas informações opcionais e ações em uma página web com JavaScript são carregados do servidor web ao navegador quando a página é carregada. O AJAX é uma tecnologia baseada em JavaScript que fornece um método no qual pequenas partes de uma página web podem ser atualizados sem a necessidade de atualização de toda a página. O AJAX é visto como um importante aspecto do que chama-se Web 2.0.

Plataforma Flash

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Adobe Flash (antes: Macromedia Flash), ou simplesmente Flash, é um software primariamente de gráfico vetorial - apesar de suportar imagens bitmap e vídeos - utilizado geralmente para a criação de animações interativas que funcionam embutidas num navegador web. O produto era desenvolvido e comercializado pela Macromedia, empresa especializada em desenvolver programas que auxiliam o processo de criação de páginas web.

CGI

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Consiste em uma tecnologia que permite que programas interpretados gerem páginas web dinâmicas, permitindo a um navegador passar parâmetros para o servidor web para então receber o resultado do processamento. É uma especificação independente de linguagem de programação.

Aspecto profissional

O surgimento da Web representou uma nova fronteira profissional para diversos setores. À época do seu "estouro" comercial, jornalistas, publicitários, designers, escritores, redatores, fotógrafos, além é claro de programadores, e webmasters e demais especialistas afluíram ao mercado, criando e desenvolvendo empresas com os mais variados objetivos.

Com o tempo, o capital de risco, utilizado para fundar e fazer operar as primeiras empresas afastou-se, levando-as à falência. Foi a chamada "bolha".

Hoje o cenário mostra-se diverso, com investidores cautelosos, grandes corporações investindo com bastante cuidado e uma imensa legião de profissionais freelancers atendendo seus clientes diretamente.

Notas e Referências

1. ↑

Tim Berners-Lee (Março de 1989). Information Management: A Proposal (em inglês). W3C. Página visitada em 27 de abril de 2007.
2. ↑ Tim Berners-Lee, Robert Cailliau (12 de novembro de 1989). WorldWideWeb: Proposal for a HyperText Project (em inglês). W3C. Página visitada em 27 de abril de 2007.
3. ↑ Tim Berners-Lee. The WorldWideWeb browser (em inglês). W3C. Página visitada em 27 de abril de 2007.
4. ↑ O conteúdo pode ser acessado em http://www.w3.org/History/19921103-hypertext/hypertext/WWW/TheProject.html
5. ↑ Cópia acessível em http://groups.google.com/groups?selm=6487%40cernvax.cern.ch
6. ↑ Tim Berners-Lee e Mark Fischetti. Weaving the Web. Harper San Francisco, 1999. ISBN 0062515861
7. ↑ Tim Berners-Lee. Ten Years Public Domain for the Original Web Software (em inglês). CERN. Página visitada em 27 de abril de 2007.
8. ↑ Assume-se nesse exemplo que a URL requisitada era do protocolo HTTP, somente para efeitos de ilustração. Em termos práticos, outros protocolos podem ser acessados em um navegador.
9. ↑ Especificação do HTML 1
10. ↑ Especificação do HTML 3.2
11. ↑ Especificação do HTML 4.01
12. ↑ Especicação do XHTML

sábado, 14 de março de 2009

Dilma crê que Lula e Obama criarão hoje um "vínculo pessoal"

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que ''guardadas as proporções, os dois (presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o líder americano, Barack Obama) têm trajetórias semelhantes''.

A ministra chegou na sexta-feira à noite a Washington, acompanhando Lula, que se encontrará com Obama no sábado na Casa Branca.

Entre as afinidades entre os dois líderes citadas por Dilma estão as mensagens oferecidas por Obama em sua campanha presidencial.

''A campanha dele (Obama) foi uma campanha de mudança, de noção de esperança renovada.''

Dilma participará ao lado do presidente da comitiva que se encontrará com Obama, juntamente com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Vínculos

No entender de Dilma, a ''relação pessoal é importante e o presidente tem facilidade de estabelecer esses vínculos''.

Lula manteve uma relação amistosa com o antecessor de Obama, o presidente George W. Bush, e o governo brasileiro espera dar continuidade ao bom relacionamento.

A ministra não entrou em detalhes sobre temas que deverão constar do encontro entre os líderes do Brasil e dos Estados Unidos, mas acrescentou que eles irão ''necessariamente'' tratar de formas de conter a crise financeira global.

O ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, que veio a Washington no mesmo avião que a comitiva brasileira, mas que não integra a delegação do governo, diz que o encontro entre Lula e Obama servirá para que os dois líderes possam "se perceber" e ''estabelecer o sentido mais direto das percepções que têm um do outro''.

Gil disse que torceu por Obama ao longo da disputa presidencial americana. ''E continuo torcendo, pelo trabalho dele, pela afirmação do trabalho dele, cada vez mais necessário.''

No entender do ex-ministro, Obama representa ''a emergência de uma mentalidade jovem nos Estados Unidos, preocupada com o futuro da humanidade, em jogar um jogo mais aberto, pluralista''.

Mas Gil afirmou não acreditar que poderá ser incluído na equipe que participará do encontro com Obama. ''Nunca estive com ele, mas claro que gostaria. É um jovem importante, pertencente a uma minoria política que vem historicamente trabalhando para encontrar seu lugar, seu protagonismo.''

G1

quarta-feira, 11 de março de 2009

Sarney determina que seus funcionários devolvam pagamento de horas extras durante recesso

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), determinou nesta quarta-feira que os servidores do seu gabinete que receberam horas extras durante o mês de recesso parlamentar do Congresso devolvam os recursos à Casa Legislativa. Sarney disse que a iniciativa deveria ser seguida por outros servidores que também receberam horas extras no mês de recesso legislativo.

"Mandei que fosse estornado da folha de pagamento o que os funcionários do meu gabinete receberam. Nós devemos tomar medidas que sejam efetivas e até mesmo radicais. Não quero dar conselho a ninguém, mas acho que [a devolução dos recursos] seria a melhor maneira de erguer a imagem do Senado", afirmou.

Apesar de reconhecer que a decisão de estornar o pagamento dos servidores deve ser tomada individualmente pelos senadores, Sarney disse que a medida seria uma "boa solução para todos nós".

O senador disse ser favorável ao pagamento de horas extras para os servidores que efetivamente estenderem suas atividades na Casa, mas criticou a banalização do pagamento. "A hora extra não é errada, há funcionários que trabalham até oito horas, dez da noite. O que é errado é receber hora extra sem trabalhar", afirmou.

Como solução para coibir pagamentos irregulares, Sarney disse que os chefes de gabinete dos 81 senadores deveriam fixar uma lista dos funcionários que recebem horas extras de acordo com a dinâmica do trabalho que executam. "Eu conversei com o primeiro-secretário do Senado, isso é um absurdo. Não pode ocorrer em nossa gestão. Espero que isso não seja um foco para a imagem ruim da Casa", afirmou.

Reportagem da Folha informa que o Senado pagou R$ 6,2 milhões em horas extras para 3.883 funcionários em janeiro, mês em que não houve sessões, reuniões e nenhuma atividade parlamentar na Casa. A autorização do pagamento foi feita pelo senador Efraim Morais (DEM-PB) três dias antes de ele deixar o comando da primeira-secretaria, órgão da Mesa Diretora responsável pela gestão administrativa.

Além da hora extra, a direção da Casa concedeu reajuste de 111% no benefício. O teto subiu de R$ 1.250 para R$ 2.641,93.

terça-feira, 10 de março de 2009

Dirceu temia ser preso por Protógenes (Tribuna da Imprensa)




PORTO ALEGRE - O ex-ministro chefe da Casa Civil e ex-deputado federal José Dirceu, cassado em 2005, disse que temeu ser preso pelo delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz em 2008. "No ano passado eu dizia que tinha que trabalhar mesmo no exterior porque, do jeito que estava, poderiam me prender ilegalmente", comentou ontem em Porto Alegre, referindo-se às investigações de suas atividades e às constantes viagens que fez ao exterior durante o ano, sem, no entanto, admitir que elas tenham sido provocadas pelo temor.

Para Dirceu, Protógenes queria prendê-lo para apresentá-lo como um troféu. "Todos os sinais das investigações legais ou ilegais que se fez a meu respeito indicavam isso", afirmou o ex-ministro e ex-deputado federal. "Eu não era acusado de nada e não havia nenhum indício, por que estava sendo investigado?", questionou.

Dirceu reclama da quebra do seu sigilo telefônico no caso MSI/Corinthians, do vazamento de informações erradas para a imprensa quando não havia nada contra ele em investigações como a da Operação Satiagraha, da invasão de seu escritório de advocacia para retirada de dados de seu computador e das escutas de seus telefonemas.

"Não estou dizendo que a Operação Satiagraha não devia ter sido feita, mas é evidente que ela teve um desvio de finalidade, desvio de função, abuso de autoridade e ilegalidades que são inaceitáveis", sustentou. Para Dirceu, as transgressões tornaram as investigações de Protógenes ineficazes. "Ele disse que queria atingir um objetivo e não está atingindo. Ele é que virou réu agora, é uma coisa que não era o objetivo", avaliou, para concluir que "o problema não é fazer, são os métodos".

O ex-ministro voltou a afirmar que não manteve nenhum contato com o banqueiro Daniel Dantas que não fosse público e decorrente da sua função de chefe da Casa Civil. "Não falei nada que não fosse interesse público", reiterou. "Então, porque me investigar? Por que investigar o governador José Serra? E a ministra Dilma Rousseff?", perguntou. "Eu quero saber se foi legal essa investigação, qual foi o juiz que autorizou, por que ele nos investigou", prosseguiu, fazendo a ressalva de que considera imperiosa a necessidade de a Polícia Federal exercer seu papel, investigar, fazer inquérito e combater a corrupção, mas dentro da lei.

segunda-feira, 9 de março de 2009

TSE não pode proibir Dilma de subir em palanques e inaugurar obras (Tribuna da Imprensda)

BRASÍLIA - A Justiça Eleitoral nada pode fazer contra o que a oposição classifica como campanha antecipada da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do presidente Lula. Passadas as eleições municipais e a um ano e meio da campanha de 2010, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e advogados que da área admitem não ter como proibir a virtual candidata do PT à sucessão do presidente de subir em palanques, inaugurar obras e fazer discurso atrás de discurso pelo País.

O que Lula e Dilma não podem fazer, de acordo com a Justiça Eleitoral, é pedir explicitamente votos nesses eventos ou se referir à campanha de 2010, o que não fizeram no encontro de prefeitos no mês passado, em Brasília, admite um advogado que defende a oposição no TSE. De resto, Lula, Dilma e os demais ministros interessados em disputar as próximas eleições estão livres para falar das obras que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), propagandear as realizações do governo e ainda trocar elogios em público.

Assim, a representação do DEM e do PSDB contra Lula e Dilma por suposta antecipação de campanha no encontro de prefeitos deverá ser arquivada pelo TSE nas próximas semanas. O único caminho que restaria para punir eventuais abusos que possam ter sido cometidos por Lula e Dilma, explica um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), seria acionar o Ministério Público e a Justiça comum. Para isso, DEM e PSDB teriam de comprovar que o presidente e a ministra se valeram de recursos públicos ou da propaganda de programas oficiais para promoção pessoal.

Nesse cenário, o DEM reclama da disparidade de forças entre o governo e a oposição. "Tendo ou não intenção de se projetar eleitoralmente, é evidente que um agente político com a chave do cofre tem mais visibilidade do que os pretensos candidatos de oposição, que estão longe da máquina pública e somente podem contar com a fidelidade de seus eleitores", diz o advogado do DEM Thiago Boverio.
Jurisprudência

Em julgamentos antigos, os ministros do TSE estabeleceram uma diferenciação entre o que é campanha antecipada - que é ilegal - e o que se convencionou chamar de projeção pessoal - o que é permitido. É esta diferenciação que deve pautar o julgamento da representação da oposição contra Lula e Dilma.

Na campanha antecipada, um ministro, por exemplo, aproveita a inauguração de uma obra para deliberadamente pedir votos ou lembrar aos eleitores que disputará a próxima eleição. No outro caso, o político vai às inaugurações para vincular sua imagem a obras que melhoram as condições de vida da população de determinada cidade, sem que isso esteja vinculado necessariamente aos votos nas eleições seguintes.

Em um desses casos, foi o PT que, na oposição, reclamou ao TSE. O partido disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso antecipou de julho para abril de 1997 a comemoração do aniversário do Plano Real.

Se o evento fosse mantido para julho, o governo dependeria de autorização da Justiça Eleitoral - com a mudança de data, o PT pediu que o governo tucano fosse punido por antecipação de campanha eleitoral. O tribunal não concordou com a tese: "O TSE entendeu que ali não havia pedido de voto, não havia promoção pessoal. Além disso, nos outros anos também houve comemoração", afirmou o atual advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, que nessa época era advogado do PT.

Em outros casos, os ministros deixaram claro que, nesse intervalo entre eleições municipais e nacionais, a Justiça Eleitoral tem pouco a fazer, até porque os políticos ainda não são candidatos. Assim, governo e oposição aproveitam o vácuo para "massificar sua imagem".
Legislação

A polêmica gerada pelo recente protagonismo de Dilma Rousseff é mais constante em eleições em que o candidato tenta a reeleição. As acusações de uso ilegal da máquina e abuso do poder econômico são frequentes no TSE e nas últimas semanas levaram à cassação dos governadores da Paraíba, Cássio Cunha Lima, e do Maranhão, Jackson Lago. A aprovação da emenda da reeleição não foi acompanhada de uma lei específica para evitar abusos.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Parlamentares temem que cassações levem a 'terceiro turno' (Tribuna da Imprensa)

BRASÍLIA - Lideranças partidárias no Congresso ficaram apreensivas com as cassações de mandatos de governadores e prefeitos por compra de votos pela Justiça Eleitoral e temem que, essa prática, acabe se transformando em uma espécie de "terceiro turno" das eleições. Parlamentares da base aliada ao governo Lula e de oposição argumentam que, hoje, diante dos processos para cassar seus mandatos, os governadores e prefeitos eleitos não têm segurança jurídica no início de seus governos.

"Enquanto não mudar o atual sistema que está aí, não se fizer uma reforma política, mudar a cultura, os governadores e prefeitos eleitos vão viver sempre no cargo como se fossem interinos até que a Justiça Eleitoral julgue os processos contra eles", disse o líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), que foi relator da proposta de reforma política derrubada há dois anos na Câmara. "É preciso que a Justiça tenha consciência e separe a denúncia política do devido ilícito eleitoral. Se essas cassações viram rotina, termina não dando segurança para o eleito e vai alimentar o terceiro turno", afirmou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

Tanto ele quanto Caiado defenderam a necessidade de alteração das atuais regras e a implementação da reforma política. Só nesse contexto haveria espaço para mudanças no artigo 41-A da Lei Eleitoral, que trata da perda de mandato por "captação ilícita de sufrágio". "Os parlamentares têm de se debruçar sobre a reforma política e não criticar o que o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal estão fazendo", disse Caiado, ao defender a punição de quem infringe a lei.

Para o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), está ocorrendo "uma certa judicialização". A Justiça Eleitoral, em um mês, determinou a cassação do mandato dos governadores da Paraíba, o tucano Cássio Cunha Lima, e do Maranhão, Jackson Lago (PDT). Virgílio defendeu que os substitutos dos governadores cassados sejam escolhidos em eleição indireta, promovida nas assembleias estaduais. "Pela regras atuais, essa é a melhor opção. Estamos vivendo uma transição", argumentou. No caso da Paraíba, o ex-senador José Maranhão (PMDB), segundo colocado nas eleições de 2006, assumiu o governo do Estado. O mesmo deverá ocorrer no Maranhão com a senadora Roseana Sarney (PMDB).

O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), alertou que a Justiça Eleitoral nos Estados precisa ser rigorosa na apuração das denúncias contra os eleitos. Observou ainda que os juízes estaduais não podem se curvar a interesses de políticos locais. "Os perdedores entram com recurso automaticamente contra os vencedores. E isso vai continuar ocorrendo enquanto não mudarem as regras", disse Alves. "É preciso que a Justiça nos Estados tenha absoluta isenção na apuração para que o processo não chegue contaminado no Tribunal Superior Eleitoral", afirmou o peemedebista.

Os líderes políticos reclamaram da morosidade da Justiça Eleitoral em julgar os processos de perda de mandato por compra de votos. "É preciso encontrar um critério que dê rapidez a esses processos", disse Heráclito Fortes. As cassações feitas pela Justiça Eleitoral ocorrem mais de dois anos depois das eleições. "Os cassados ficaram dois anos com o mandato indevido. Já os que assumem agora perdem dois anos de mandato que tinham direito", observou o democrata.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Preterido por Lula, Ciro critica candidatura única na base aliada (Tribuna da Imprensa)

BRASÍLIA - Disposto a concorrer ao Palácio do Planalto, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) decidiu romper o silêncio e criticar a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de lançar um único candidato da base aliada às eleições de 2010. Em seminário organizado pelo PSB para debater a crise financeira, Ciro não poupou estocadas ao Banco Central, ao sistema de saúde, chamado por ele de "genocídio diário", e à educação. Foi além: disse que o modelo econômico se resume a "usurpar o dinheiro de quem trabalha" e afirmou que o PSB não precisa pedir "permissão" ao presidente para apresentar candidatura.

Apesar de tecer elogios à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - a escolhida por Lula para sua própria sucessão -, Ciro considerou "um grave erro" o plano do presidente de unificar a base aliada em torno de um só concorrente.

"Lula teria sido eleito se fosse um confronto bipolar entre ele e o outro?", questionou o deputado, numa referência ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que disputou a eleição de 2002 contra o petista e é novamente pré-candidato. Ele mesmo respondeu: "Não seria. Teria perdido sempre."

Ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula, Ciro avaliou como "precipitada" a discussão sobre a corrida presidencial, mas não deixou dúvidas de que afiou o discurso para o embate e poderá abrir uma dissidência na base aliada. Em sua lista de estocadas, disse que o Banco Central aumentou os juros de forma "inexplicável" em 2008, causando prejuízo ao País "na casa do bilhão".

"É absolutamente inacreditável que por duas vezes o Banco Central tenha aumentado a taxa de juros. Mesmo nos manuais básicos de economia todo mundo sabe que ou você aumenta os juros ou afrouxa o compulsório, mas o BC fez as duas coisas quase no mesmo dia", atacou.

Mesmo ressalvando que "o Brasil não vai quebrar porque Lula tem administrado bem a crise", o deputado disse temer mais desemprego ao prever um crescimento "inferior a 2%" do PIB neste ano.

Com a metralhadora giratória apontada para o ensino público, o ex-ministro insistiu em que a educação "piora a cada dia" e bombardeou o colega Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, no seu diagnóstico, praticou "chantagem" contra o governo ao propor a CPI dos Fundos de Pensão. O deputado Márcio França, presidente do PSB paulista, cobrou de Ciro o lançamento da candidatura ao Planalto. "Por que Lula tem de estar sempre certo? Por que ele diz que a candidata é a Dilma e nós temos que aceitar? Eu ouso divergir", provocou França.

terça-feira, 3 de março de 2009

Ministro toma decisão histórica sobre a TRIBUNA



Celso de Mello decidiu em 18 dias caso que se arrastava
há quase 30 anos

Em decisão histórica, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o recurso protelatório movido pela União e ratificou a decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região - Rio e Espírito Santo - que obriga o governo federal a indenizar a TRIBUNA DA IMPRENSA em virtude dos longos anos de censura, perseguições, prejuízos morais e materiais sofridos durante o período da ditadura militar.

Dotada de grande repercussão, a decisão traz intrínseca a comprovação de que o Poder Judiciário pode, conforme a expectativa da sociedade, atuar de forma ágil, ativa e eficaz.. Desde o recebimento em seu gabinete, o ministro foi capaz de ler e julgar o processo que transitava "perdido", há décadas, em apenas 18 dias. "Foi a mais importante decisão da Justiça, com a velocidade que gostaríamos que fosse a mesma em todas as ações", observou o jornalista Helio Fernandes.

Baseado no entendimento do Ministério Público Federal, Celso de Mello, que passou a relatar a ação depois que o ministro Joaquim Barbosa se declarou impedido de julgá-la, depois de ficar anos com o processo engavetado, afirmou que o pedido da União visava a rediscussão de matéria de prova que já havia sido "amplamente debatida" pelas instâncias regionais. "A ausência de prequestionamento explícito da matéria constitucional inviabiliza, por completo, a possibilidade de conhecimento do presente recurso extraordinário", disse.
Liberdade de informação

Em sua decisão, o ministro disse ter observado a intensificação do grau de proteção em torno da liberdade de informação e de manifestação do pensamento no sistema jurídico brasileiro, "considerado o sentido de inquestionável fundamentalidade que essa prerrogativa assume no contexto dos regimes políticos". Em razão disso, afirmou ser essencial reconhecer e garantir, aos profissionais da imprensa, o exercício concreto da liberdade de expressão, em ordem a assegurar-lhes o direito de expender crítica, "ainda que desfavorável e em tom contundente, contra quaisquer pessoas ou autoridades".
Censura estatal

Em seu parecer, Celso de Mello afirmou não ser possível desconhecer a liberdade de imprensa enquanto projeção da liberdade de manifestação de pensamento e de comunicação e fez considerações sobre a censura estatal. " (...) além de intolerável, pode legitimar, sim, o dever governamental de reparar, no plano civil, os danos materiais e/ou morais causados àqueles, como as empresas jornalísticas, p. ex., que a sofreram", escreveu.
Interesse público

O decano apontou que, quando existe interesse público,a crítica jornalística, "por mais dura que seja", não deve ser repreendida. "(...) desse modo, traduz direito impregnado de qualificação constitucional, plenamente oponível aos que exercem qualquer parcela de autoridade no âmbito do Estado, pois o interesse social, fundado na necessidade de preservação dos limites ético-jurídicos que devem pautar a prática da função pública, sobrepõe-se a eventuais suscetibilidades que possam revelar os detentores do poder", afirmou. Por fim, advertiu, "(...) notadamente quando se busca promover a repressão à crítica jornalística, que o Estado não dispõe de poder algum sobre a palavra, sobre as idéias e sobre as convicções manifestadas pelos profissionais dos meios de comunicação social".
Volta à trincheira

Inicialmente, o processo estava com o ministro Joaquim Barbosa, que, após a TRIBUNA denunciar o caso e suspender a circulação em 1º de dezembro de 2008, se declarou impedido de julgar o caso. Segundo o jornalista Helio Fernandes, com a decisão do ministro Celso de Mello, em pouco tempo, a TRIBUNA voltará definitivamente às bancas, "com o mesmo espírito com que foi fundada e mantida já por quase 60 anos".