domingo, 31 de janeiro de 2010

EUA: o melhor Congresso que o dinheiro pode comprar


A decisão radical da Suprema Corte dos Estados Unidos, em 21 de janeiro deste ano permite às companhias gastarem dinheiro ilimitadamente na política. Anulando 100 anos de restrições aos gastos corporativos, os dois juizes mais novos, John Roberts e Samuel Alito, indicados pelo Presidente George W. Bush, tornaram a Suprema Corte um aliado das grandes corporações. Os insípidos debates em Davos sobre a questão capitalismo versus socialismo foram suplantados pela conquista da democracia das corporações.O artigo é de Hazel Henderson.

Hazel Henderson

A visão fantástica dessa mais alta Corte dos Estados Unidos defende que o dinheiro é equivalente à livre expressão sob a Primeira Emenda, e que a corporações são “pessoas” equivalentes a seres humanos. A irrealidade dessa visão também equipara corporações com sindicatos, sem reconhecer que sindicatos representam pessoas reais, enquanto corporações são entidades legais com o propósito de fazer dinheiro para os seus acionistas.

Os efeitos dessa apertada decisão por 5 a 4 na Suprema Corte incluem a permissão de acesso à Política do país através de vários investidores internacionais que detêm ações em corporações estadunidenses. Por exemplo, o Príncipe Alaweed bin Talal da Arábia Saudita é um dos maiores investidores do Citibank e da New Corporation, que tem o Wall Street Journal, a Rede de Televisão Fox, a Sky News e uma outra mídia global. Os Fundos Soberanos da Noruega, da China, de Cingapura, do Kuwait e de outros países podem agora influenciar a política dos EUA como jamais ocorreu antes.

Advogados constitucionalistas estão assombrados, inclusive o Presidente Obama, que observou: “A Suprema Corte deu luz verde para a avalanche de interesses especiais do dinheiro em nossa política. Essa é uma grande vitória do Petróleo, dos banqueiros de Wall Street, das companhias de seguro de saúde e de outros interesses que manobram diariamente o poder em Washington e abafa, cotidianamente, as vozes dos americanos”.

Muitos projetos de lei foram apresentados no Congresso para passar por cima da decisão da Corte, a maior parte com foco no direito corporativo e na governança. Eles incluíram o reforço das regulações e o controle pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC – Securities and Exchange Comission). Tais projetos exigiriam a aprovação dos acionistas pelos conselhos diretores das corporações antes que elas liberassem seus fundos de ações para apoiar ou se opor a questões políticas e candidatos. Limitariam os gastos pelas corporações que sejam substancialmente de propriedade de grupos de investidores internacionais e cidadãos não-estadunidenses. Muitos críticos acrescentaram que os políticos cujas eleições se devem aos fundos corporativos deveriam ser convocados para tornarem públicos as logomarcas dessas corporações em suas roupas e em todas as suas manifestações públicas, por exemplo, como o senador da Microsoft, da Halliburton, do Citibank ou do Goldman Sachs.

Outros críticos apresentaram detalhadamente a idiotia da equiparação entre corporações e seres humanos reais. Eles disseram: “se isso é verdade, não seria uma forma de escravidão ter uma corporação?”. Poderiam as corporações agora, então, também usarem armas e votarem? Corporações já têm muitos dos direitos de cidadania estadunidense, só que muito menos responsabilidades do que o têm as pessoas reais. Corporações são protegidas por leis que limitam suas dívidas; desfrutam de vida perpétua e ainda carregam um poder imenso – evidenciado por sua captura dos reguladores e políticos.

Os insípidos debates no Fórum Econômico de Davos sobre a questão capitalismo versus socialismo foram suplantados pela conquista da democracia das corporações. Os lobistas das corporações dos grandes bancos estão lutando contra reformas financeiras necessárias. Lobistas de seguros de saúde e das companhias farmacêuticas conduziram os projetos da reforma da saúde para novas traições substanciais. Lobistas das companhias de energia distorceram os projetos sobre clima e energia, tornando-os novas frutas podres, em defesa do carro-chefe do combustível fóssil e das companhias de energia nuclear. Em todo o planeta, o lobby das corporações militares dirige a compra de armas.

À opinião absurda do juiz da Corte Suprema John Robert, de que as corporações são em vários aspectos “amordaçadas” ou de que necessitam de mais dos direitos garantidos na Primeira Emenda somou-se a divergência do juiz Stevens, em nome dos juízes Ginsberg, Sotomayor e Breyer: “A democracia americana é imperfeita, mas poucos fora desta Corte teriam pensado que ela definha até a morte, com o dinheiro corporativo na política”.

De fato, um grupo de corporações dos EUA respondeu com uma Carta Aberta ao Congresso, opondo-se à ameaça de tirar dinheiro dos candidatos de ambos os partidos políticos e optando pela destinação desse dinheiro para a corrida armamentista. Tomara que esse tipo de liderança socialmente responsável das companhias progressistas possa ser apoiada por investidores institucionais, como aqueles dos Princípios para o Investimento Responsável, da ONU (representando portfolios de $19 trilhões em ações das companhias). Eles podem, juntos, com as 3000 companhias signatárias do Pacto Global da ONU, desenvolver proteções para impedir o investimento nessas companhias que tomam as decisões da Suprema Corte como licença para jogar ainda mais dinheiro em lobies e para arrancar o poder do processo democrático.

O efeito cascata do dinheiro adicional na política dos EUA e na propaganda acelerará a sinistra tomada do governo, bem como da mídia de massa, pelas corporações – a definição clássica de fascismo. Uma resposta é o Mercado Ético para a propaganda ética e a campanha do Mercado Ético com a Academia Mundial de Negócios (http://www.worldbusiness.org/) para parar o neuromarketing e sua manipulação de consumidores.

Como essa conquista corporativa dos Estados Unidos da América afeta seu padrão de mundo? A ganância e a cultura da obsessão pelo dinheiro de Wall Street já danificaram todo o mundo e causaram milhões de vítimas inocentes da fome, das adversidades, de perdas de empregos, meios de vida e infligiu um enorme dano ambiental.

Essa decisão da Suprema Corte causará uma perda futura de critério e autoridade moral, no mundo. A arrogância do unilateralismo dos EUA vêm causando danos desde a queda do Muro de Berlim. Esse momento unipolar acabou. Para a sorte da comunidade internacional, outros países, Índia, Brasil e a União Européia estão assumindo a liderança democrática. A irresponsável decisão da Suprema Corte dos EUA sobrepujou os esforços do Presidente Barack Obama para restaurar o multilateralismo. Foi um golpe na democracia dos EUA e fornece um mau exemplo ao avanço da democracia mundo afora.

Hazel Henderson é presidente do Ethical Markets Media (EUA e Brasil) e da Green Transition Scoreboard, companhia signatária dos Princípios do Investimento Responsável, da ONU. É fundadora e co-diretora da Academia Mundial de Negócios MercadoÉtico para a propaganda ética, autora de vários livros e co-criadora do Indicadores de Qualidade de Vida Calvert-Henderson www.ethicalmarkets.com




Tradução: Katarina Peixoto

Carta Maior no Blog do Paim (31-01-2010)

Clique no seguinte LINK para acessar a Carta Maior

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Marina confirma: vice deve ser Guilherme, da Natura

Elza Fiúza/ABr

A presidenciável do PV, Marina Silva, informou que seu companheiro de chapa deve mesmo ser o empresário Guilherme Leal.

Vem a ser o co-presidente da Natura, uma empresa que se esforça para revestir sua logomarca com o verniz da causa ambiental.

"Há o desejo de ambas as partes: do PV e de grande parte do empresariado brasileiro", Marina exagerou.

Ela disse que Leal preocupa-se com a causa da sustentabilidade desde uma época em que “o tema ainda não era moda”.

E o empresário: "Estou a serviço de um projeto para o país sob a liderança de Marina Silva...”

“...Quem assina uma ficha antes de 3 de outubro se coloca à disposição de um projeto político".

Se pudesse falar e fosse chamado a se manifestar, o pragmatismo diria: Se além da ficha puder assinar um cheque gordo, não fará mal.

A sustentabilidade do ambiente é importante. Mas, no momento, é a sustentabilidade das arcas da campanha que mais aquece a atmosfera do PV.

Escrito por Josias de Souza às 17h01

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Balanço do "outro mundo possível" - Emir Sader



Aos dez anos de Seattle e do primeiro Fórum Social Mundial, o balanço que é preciso fazer é da luta pelo “outro mundo possível”.

Um balanço do FSM deve ser não o balanço dos Fóruns, mas dos objetivos a que se propôs, quando começamos a organizá-los, há uma década.

A avaliação do FSM ter que ser feita em função das suas contribuições à construção de alternativas ao neoliberalismo. A análise é de Emir Sader.

Emir Sader

Aos dez anos de Seattle e do primeiro Fórum Social Mundial, o balanço que é preciso fazer é da luta pelo “outro mundo possível”. Um balanço do FSM deve ser não o balanço dos Fóruns, mas dos objetivos a que se propôs, quando começamos a organizá-los, há uma década.

Uma outra ótica seria vítima do corporativismo, da crença que a evolução interna de uma organização é a história política dessa organização. A história e o balanço de um partido político deve ser o balanço dos objetivos a que esse partido se propõe. Um balanço do FSM não é um balanço da situação das ONGs ou dos movimentos sociais. Ao contrário, estes devem ser avaliados em função da contribuição que tenham feito à construção do “outro mundo possível”.

Por isso, a referência a estabelecer como parâmetro de avaliação é a situação de criação do “outro mundo possivel”. Há uma década o neoliberalismo ainda reinava soberanamente como modelo hegemônico, seja em escala mundial, seja na América Latina. Na sucessão da primeira geração de mandatários que o personificavam – Reagan, Thatcher -, para a segunda – Clinton, Blair – se ampliava o consenso da extrema direita para forças originariamente alternativas a ela: os democratas norteamericanos, os trabalhistas ingleses. Enquanto que no continente, ao extremismo de direita de Pinochet se somavam formas nacionalistas – como o peronismo de Menem e os governos do PRI mexicano -, assim como social democratas, como os socialistas chilenos, AD da Venezuela, os tucanos brasileiros.

Nossas sociedades foram profunda e extensamente transformadas conforme esse receituário, os Estado nacionais enfraquecidos, os patrimônios públicos privatizados, os direitos sociais recortados, o capital especulativo incentivado, resultando no aumento brutal da desigualdades, da concentração de renda, da exclusão dos direitos à massa da população, do empobrecimento generalizado das sociedades e dos Estados.

Passados dez anos, o mundo continua sob hegemonia conservadora, mesmo se debilitado na sua legitimidade, o modelo neoliberal segue hegemônico. A diferença substancial vem da América Latina, onde um conjunto de governos, mesmo se diferenciados entre si, passaram a colocar em prática políticas contrapostas ao modelo neoliberal, depois de ter sido a região privilegiada de dominação neoliberal, com a maior quantidade e as modalidades mais radicais de governos neoliberais.

A região apresenta hoje os mais importantes processos de integração regional em contraposição aos Tratados de Livre Comércio propostos pelo neoliberalismo. O grande projeto norteamericano, que buscava estender a livre comércio a todo o continente, a Alca, foi derrotado e, no seu espaço, se fortaleceu o Mercosul, se desenvolveram o Banco do Sul, Unasul, o Conselho Sulamericano de Defesa, a Alba – entre outras iniciativas. São espaços alternativos, em que se desenvolvem, em distintos níveis, formas de intercambio privilegiado entre os países da região, acompanhadas da diversificação do comércio internacional dos países que participam dela.

Ao mesmo tempo, em alternativa ao privilégio dos ajustes fiscais, se desenvolveram políticas sociais que melhoraram significativamente o nível de vida e diminuíram os graus de desigualdade no continente de maior desigualdade no mundo. Os mercados internos de consumo popular se ampliam e se aprofundam.

A combinação desses três elementos – diversificação do comércio internacional, com diminuição do peso do centro do capitalista e aumento importante do peso dos intercâmbios do Sul do mundo; intensificação substantiva do comércio entre os países da região; expansão, inclusive durante a crise, do mercado interno de consumo popular – fez com que os países incorporados aos processos de integração regional, resistiram muito melhor aos duros efeitos da crise e vários deles voltaram a crescer.

Por outro lado, projetos como os de alfabetização – que fizeram com que a Venezuela, a Bolívia e o Equador tenham se somado a Cuba, como os territórios livres de analfabetismo nas Américas -, de formação de várias gerações de médicos pobres no continente, pelas Escolas Latinoamericanas de Medicina, em Cuba e na Venezuela - de recuperação da visão de mais de 2 milhões de pessoas, na Operação Milagre – demonstram como a recuperação de direitos essenciais tem que se fazer na esfera pública e não na mercantil.

Os intercâmbios solidários dentro da Alba são exemplos concretos do “comércio justo”, pregado pelo FSM desde seus inícios, em espaços com critérios das possibilidades e das necessidades de cada país, em contraposição clara às normas do mercado, do livre comércio e da OMC.

Sem ir mais longe, a avaliação do FSM ter que ser feita em função das suas contribuições à construção de alternativas ao neoliberalismo, do “outro mundo possível”. Sem uma compreensão concreta da força e da abrangência da hegemonia neoliberal, assim como das condições inéditas concretas em que se constroem alternativas, o debate passaria longe da realidade concreta de luta contra o neoliberalismo.

É também indispensável compreender que esse movimento passou da fase de resistência, predominante na ultima década do século passado, e a fase de construção de alternativas. A visão da “autonomia dos movimentos sociais” teve vigência na primeira etapa, porém quando pretenderam estendê-la para a década seguinte, cometeram equívocos fundamentais. O movimento mais significativo – e que, não por acaso, se dá no processo mais importante de construção de alternativas atualmente, o de Bolívia – foi o da fundação do MAS pelos movimentos sociais bolivianos, a partir da consciência de que, depois de derrubar vários presidentes, sucessivamente, constituíram um partido, disputaram as eleições e elegeram a Evo Morales presidente do país. Retomaram laços com a esfera política, de outra forma, convocando a Assembléia Constituinte e passando à refundação do Estado boliviano.

Outros movimentos, que mantiveram a visão equivocada e corporativa da “autonomia” ou se isolaram ou praticamente desapareceram da cena política. Essa “autonomia”, se fosse – como ocorria anteriormente – em relação a políticas de subordinação de classes, tinha um sentido. Mas se se trata de autonomia em relação à política, ao Estado, à luta por uma nova hegemonia, é um conceito corporativo, adaptado às condições de resistência, mas completamente equivocado quando se trata de construir condições de construção de hegemonias alternativas.

No FSM de Belém foi possível constatar, com a presença de cinco presidentes latinoamericanos comprometidos, de formas distintas, com a construção de alternativas ao neoliberalismo, quanto avançou e tem reconhecimento da luta iniciada há 10 anos. Já o FSM decepcionou. Não foram elaboradas propostas de enfrentamento da crise econômica. Não se fizeram balanços e discussões com esses e outros governos, junto aos movimentos sociais, para discutir as contribuições que tenham e os problemas pendentes.

Em suma, ao ter ainda ONGs como protagonistas centrais, ao auto-limitar-se à esfera social, ao fechar os olhos para os governos que estão avançando em projetos de superação do neoliberalismo, ao não encarar o tema das guerras – e, com elas, do imperialismo -, o FSM foi perdendo transcendência, tornando-se um encontro para intercâmbio de experiências – concepção pregada pelas ONGs, que o tornam intranscendente.

O balanço, pelo menos na América Latina, da luta por um “outro mundo possível”, é muito positivo, ainda mais se considerarmos o entorno conservador predominante no mundo. Já o FSM, ficou girando em falso, sem capacidade de acompanhar esses avanços e os temas da hegemonia imperial no mundo, entre eles o dos epicentros de guerra imperial no mundo – Iraque, Afeganistão, Palestina, Colômbia.

(Da Carta Maior)

domingo, 24 de janeiro de 2010

República Dominicana e Haiti se aproximam após terremoto

da Efe, em Porto Príncipe

O terremoto do dia 12 de janeiro em Porto Príncipe serviu para colocar à prova a relação entre República Dominicana e Haiti e permitiu aos dominicanos, muito criticados por seu tratamento em relação aos habitantes do país vizinho, dar mostras de uma grande solidariedade aos haitianos.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, foi um dos que destacou com maior clareza esta solidariedade: "Desde o começo desta crise o governo da República Dominicana veio dando assistência com generosidade e rapidez a seu país vizinho, Haiti, e estamos muito agradecidos", disse.

A magnitude da crise humanitária criada pela catástrofe desencadeou uma reação imediata da República Dominicana, cujo presidente, Leonel Fernández, foi o primeiro chefe de Estado, e até agora o único, que visitou o território haitiano para se interessar por seus habitantes.

A ajuda humanitária em forma de remédios, médicos, comida, água, equipamentos e maquinaria chegou também nas primeiras horas vindos da República Dominicana que colocou também disposição de seus "irmãos", como muitos dominicanos chamam os haitianos, vários hospitais próximos à fronteira para a transferência dos feridos mais graves.

Uma boa mostra desta solidariedade dominicana é a febril atividade com a qual, desde as 4h da madrugada da cada dia trabalham as equipes móveis dos Refeitórios Econômicos do Estado.

O subadministrador destes refeitórios, Ramón Jiménez, explicou que o governo pôs à disposição do povo haitiano dez cozinhas móveis em Porto Príncipe e sete mais na passagem de fronteira de Jimaní para dar de comer às pessoas necessitadas.

"O povo está muito contente conosco", disse, e mostrou uma fotografia tirada com sua própria câmera na qual se vê um cartaz de agradecimento de um grupo de beneficiados dos refeitórios: "Muito obrigado, presidente Leonel Fernández e o povo dominicano".

Desde o dia seguinte ao terremoto cada uma destas cozinhas prepara entre dez mil e 15 mil pratos de comida, que depois é transportada aos acampamentos onde os haitianos se instalaram após o tremor.

"Se não fosse por nós, aqui teria acontecido uma explosão social", comentou Jiménez, destacando que os haitianos aceitam de bom grado esta ajuda do país vizinho.

"Nós não discriminamos os haitianos, na República Dominicana gostamos deles. O que acontece é que há pessoas que nos querem prejudicar e sempre falam isso", assinalou em referência às críticas em relação ao país por seu tratamento aos haitianos.

Embora não haja números oficiais, estima-se que cerca de um milhão de haitianos morem no país vizinho, a maioria em situação irregular, dedicados a trabalhos agrícolas, hotelaria, construção e outros setores.

Apesar da boa vontade das duas partes, o certo é que os problemas na fronteira foram historicamente um foco de tensões entre ambos os países. A passagem de milhares de haitianos em direção à República Dominicana é origem de problemas para os quais até agora não se encontrou uma solução definitiva.

Apesar de tudo, crises graves como esta fazem com que tensões sejam esquecidas e ambas as partes fiquem lado a lado: uma para ajudar, outra para receber ajuda.

"Foi uma ajuda em massa, na medida em que pudemos. Fomos o primeiro país a chegar. A reação do presidente Leonel Fernández foi rápida, enviou as equipes de socorro, o comitê de operações de emergência...", comentou à Efe o ministro conselheiro da embaixada dominicana em Porto Príncipe, Pastor Vázquez.

"Não somente é o governo dominicano, mas também o povo dominicano que está aqui ajudando os irmãos haitianos depois do terremoto", acrescentou.

"Somos dois países fronteiriços e sempre acontecem certas situações (incômodas), mas não acho que haja tensões", acrescentou.

As mostras de solidariedade foram mais que notórias e inclusive o presidente haitiano, René Préval, agradeceu publicamente a República Dominicana e seus habitantes por sua grande ajuda.

De quebra, Préval aproveitou para expressar seus desejos de que esta desgraça sirva para que os dois países se aproximem e comecem a lançar as bases de uma relação fundada na solidariedade e no respeito.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Outro Canal: Filha de Dalva de Oliveira processa a Globo


da Folha Online

Hoje na Folha Dalva Lúcia Climent, filha da cantora Dalva de Oliveira com o comediante argentino Tito Climent, está processando a Globo em razão da minissérie "Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor".

A informação é da coluna Outro Canal, assinada interinamente por Laura Mattos e publicada na Folha desta terça-feira (19). A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL.

De acordo com informações da coluna, ela tentou impedir a exibição da obra, assinada por Maria Adelaide do Amaral. Como não conseguiu, irá entrar com uma ação de danos morais e materiais, disse à coluna sua advogada.

Dalva Climent não foi mencionada pela minissérie. À coluna, Maria Adelaide do Amaral disse que fez um "recorte" na história da cantora. "Meu foco foi a relação de Dalva e Herivelto. Na história e na obra do casal, ela não teve importância. Não estou dizendo que não foi importante para Dalva, mas que não fez parte do período que optei por retratar [ela não havia nascido nessa época]", falou a autora.

Ainda segundo informações da coluna, Dalva Climent está movendo um processo contra Pery e Ubiratan Ribeiro, filhos de Dalva e Herivelto, mostrados pela minissérie. Seu objetivo é ser reconhecida como filha e ter direito a receber pelas músicas.

Segundo sua advogada, Dalva "mora na favela de Vigário Geral [Rio] em estado de miserabilidade e está com câncer".

domingo, 17 de janeiro de 2010

Freira conta como ocorreu o acidente com Zilda Arns

da Folha Online

A freira Rosângela Maria Altoé, 56, que assessorou Zilda Arns durante a viagem que a fundadora da Pastoral da Criança fez ao Haiti, conta com foram os momentos que antecederam a tragédia na última terça-feira (12). Zilda e 16 sacerdotes católicos que estavam em um prédio morreram, vítimas do terremoto que devastou o país.

"O chão onde eu estava cedeu, eu cai e fui escorregando com a laje que ia caindo. Consegui ficar de pé, a parede que estava na minha frente caiu, eu pulei por ela e nessa hora a parede que estava na frente também começou a cair", relembra a religiosa.

Assista a trecho da missa de corpo presente de Zilda Arns


sábado, 16 de janeiro de 2010

EUA enviarão 10 mil soldados para Haiti; Brasil critica controle americano do aeroporto

16/01/2010 - 07h33

da Folha de S. Paulo, em Washington (EUA)
da Folha Online

O presidente americano, Barack Obama, autorizou nesta sexta-feira o envio de entre 9.000 e 10 mil soldados americanos ao Haiti, após o devastador terremoto de magnitude 7 de terça-feira (12), que já matou 50 mil, incluindo 17 brasileiros. O ministro de Defesa, Nelson Jobim, criticou o controle americano "unilateral" sobre o aeroporto, que tem prejudica o pouso dos aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) com mantimentos e equipes brasileiras.

Na prática, o reforço nas tropas americanas pode dar a Washington o controle de fato das operações de resgate, auxílio e de segurança, apesar de o controle de direito ser das forças de paz da ONU (Organização das Nações Unidas), hoje com cerca de 7.000 soldados e comandadas militarmente pelo Brasil --que tem 1.266 militares no país, informa reportagem de Sérgio Dávila, da Folha de S. Paulo (a íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).
Alex Brandon15jan.2010/AP
Presidente Barack Obama anuncia envio de 10 mil soldados ao Haiti, mais do que as tropas comandadas pelo Brasil no país
Presidente Barack Obama anuncia envio de 10 mil soldados ao Haiti, mais do que as tropas comandadas pelo Brasil no país

Enquanto a tensão diplomática aumenta entra os EUA e o Brasil, a Nasa anunciou o ativamento nesta sexta-feira de satélites, instrumentos espaciais e outros recursos científicos para determinar a extensão dos estragos no Haiti e ajudar na assistência ao país caribenho, devastado por um terremoto na terça-feira (12).

As tropas americanas chegarão na próxima segunda-feira (18) para trabalhar na distribuição de medicamentos e na manutenção da ordem pública no país --uma tarefa que estava, até então, a cargo das tropas da ONU e sob o comando dos militares brasileiros.

O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, disse que o número de soldados americanos no Haiti pode aumentar ainda mais, dependendo das previsões de quanta assistência será necessária nos próximos dias.

Em entrevista coletiva no Pentágono, o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, disse que o objetivo inicial é distribuir os remédios o mais rápido possível "para que as pessoas, em seu desespero, recorram à violência".

Antes mesmo do reforço nas tropas, os EUA já levarão ao país caribenho mil soldados, vários navios da Guarda Costeira com helicópteros, o porta-aviões Carl Vinson, com 19 helicópteros, 51 leitos hospitalares, três centros cirúrgicos e capacidade de tornar potáveis centenas de milhares de litros de água por dia.

Há uma companhia já em solo lidando com segurança e distribuição e, até segunda-feira, chegam mais dois navios com helicópteros, uma força anfíbia com 2.200 fuzileiros e um navio-hospital, informa Dávila.

Obama X Gates

O presidente Obama voltou a citar o Brasil na sexta-feira, depois de elogio feito no dia anterior. "No aeroporto, a ajuda continua a chegar, não só dos EUA, mas do Brasil, México, Canadá, França, Colômbia e a República Dominicana, entre outros", disse. "Isso sublinha o ponto que discuti com o presidente na manhã de hoje [ontem]: o mundo todo está ao lado do governo e do povo do Haiti."
Gregory Bull/AP
Pessoas caminham perto de alguns dos edifícios destruídos pelo terremoto de terça-feira (12) em Porto Príncipe, capital do Haiti
Pessoas caminham perto de alguns dos edifícios destruídos pelo terremoto de terça-feira (12) em Porto Príncipe, capital do Haiti

Gates foi mais realista e disse que os EUA "claramente" podem fazer mais, "parte por nossa proximidade, parte por nossa capacidade, e o ponto-chave aqui será coordenar esse esforço".

Mas também adotou tom conciliador e destacou a presença "significativa" do Brasil na ajuda ao Haiti e afirmou que a situação da segurança é muito boa, exceto por alguns casos isolados em buscas por comida e água.

Indagado sobre se com tamanho contingente os EUA não seriam vistos como uma força de ocupação no país, o secretário da Defesa negou que haja essa percepção e disse que a reação dos haitianos será de alívio. "Não acho que seremos vistos assim, principalmente pelo papel que teremos em distribuir alimentos e água e ajuda médica às pessoas", disse, segundo reportagem da Folha.

FAB

Apesar do discurso, o fato é que alguns dos aviões da FAB que enviam mantimentos e equipes de resgate ao Haiti estão com dificuldades de pousar no aeroporto de Porto Príncipe devido ao aumento da restrição de pousos por parte dos americanos --que, desde quinta-feira (14), controlam o local.

O problema ocorre devido às condições precárias do aeroporto, que foi parcialmente danificado com o terremoto de terça-feira que devastou o Haiti. Os americanos --que receberam hoje do governo haitiano o controle temporário sobre o aeroporto-- estão restringindo as operações devido à falta de estrutura para desembarcar o material de ajuda e pela falta de combustível.

Um boletim de alerta da FAA (Administração Federal de Aviação americano, na sigla em inglês) na sexta-feira disse que apenas voos com autorização prévia estão sendo autorizados a pousar em Porto Príncipe, e que para os demais o espaço aéreo haitiano está fechado.

Das oito aeronaves da FAB que fariam transporte de mantimentos, equipes de resgate e autoridades, três pousaram em Porto Príncipe e já retornaram --o último deles trouxe militares brasileiros que sobreviveram ao terremoto. Outros cinco aviões estão à caminho, sendo que três estão em Santo Domingo (República Dominicana) porque não receberam autorização para pouso em Porto Príncipe e dois aguardam autorização em Boa Vista (RR).

A situação causou um pequeno problema diplomático entre Brasil e EUA. Além de dificultar o pouso dos aviões da FAB, os brasileiros reclamam que o controle americano impediu o acesso da Minustah (Missão de Paz da ONU no Haiti, liderada pelos brasileiros) ao local.

A reclamação foi o alvo de uma ligação do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, na tarde de hoje. "Havia um pequeno mal entendido em relação à questão do aeroporto, a sequência dos aviões, o acesso da Minustah ao aeroporto. Ela [Hillary] prometeu que ia reforçar a instrução que já tem o comando militar deles de se coordenar com a Minustah", afirmou.

Ao desembarcar hoje no Brasil depois de uma visita de 24 horas ao Haiti, o ministro de Defesa, Nelson Jobim, também criticou o controle dos EUA sobre o aeroporto de Porto Príncipe. Jobim disse que a decisão foi "unilateral" dos norte-americanos, sem que outros países fossem consultados.

Amorim disse que a secretária de Estado dos EUA esclareceu que as forças americanas vão cumprir funções essencialmente humanitárias, sem interferir na segurança pública do país, já que isso é a função da Minustah. O ministro disse que Hillary reconheceu a liderança do Brasil na recuperação do Haiti, por isso se mostrou disposta a dialogar com as tropas dos EUA no país caribenho.

Com agências internacionais.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Terremoto mata Zilda Arns; fundadora da Pastoral da Criança cumpria agenda de palestras

Do UOL Notícias* Em São Paulo

Atualizada às 15h30

O terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu o Haiti nesta terça-feira (12) matou Zilda Arns, 75, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, que integrava missão no país caribenho e cumpria agenda de palestras na América Central. O gabinete do senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, e a Pastoral da Criança confirmaram a informação ao UOL Notícias na manhã desta quarta-feira (13).

Além da morte de Zilda Arns, o Exército confirma morte de 11 brasileiros em terremoto no Haiti

Zilda Arns: uma vida dedicada ao próximo

  • Arquivo Folha Imagem

    Zilda Arns, 75, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, participava de missão humanitária e está entre as vítimas do terremoto de 7 graus que assolou o Haiti

Médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns era fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, órgão de Ação Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A Pastoral estima que cerca de 2 milhões de crianças e mais de 80 mil gestantes sejam acompanhadas todos os meses pela entidade em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. Zilda Arns foi indicada por três vezes ao Prêmio Nobel da Paz.

A embaixatriz Roseana Teresa Aben-Athar, mulher do embaixador do Brasil no Hati, foi quem encontrou o corpo de Zilda Arns, soterrado entre escombros de um prédio onde funcionava um serviço de ajuda humanitária. Ontem, Arns teria deixado a embaixada em companhia de um militar e da assessora e ido até o prédio que desabou. Com o terromoto, uma laje do edifício caiu e atingiu a coordenadora da Pastoral da Criança. Ela não resistiu e morreu.

Em nota oficial divulgada na tarde desta quarta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que se sente "profundamente consternado" com as consequências do terremoto e lamenta a morte de Zilda.

O irmão da médica, o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo declarou em entrevista à Agência Estado, que a irmã "morreu de uma maneira muito bonita, morreu na causa que sempre acreditou".

A médica viajou no último final de semana para o Haiti para encontro missionário da entidade CIFOR.US e estava hospedada na sede episcopal. De acordo a assessoria de Zilda Arns, a coordenadora estava no Haiti para levar a metodologia de atendimento da Pastoral da Criança no combate à desnutrição.

"O presidente Lula está absolutamente chocado com essa tragédia e especificamente com a senhora Zilda Arns, uma pessoa de grande projeção no país, que estava lá fazendo uma obra de assistência humana muito importante, sempre trabalhando em coordenação conosco. A morte dela é uma grande tragédia para nós também. É uma pessoa extraordinária", disse o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, após uma reunião de emergência com o presidente Lula na manhã desta quarta.

O Brasil vai enviar cerca de US$ 10 milhões e 14 toneladas de alimentos ao Haiti. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou hoje oito aviões com o objetivo de ajudar as vítimas do terremoto.

Estarão em um dos voos o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o embaixador brasileiro no Haiti Igor Kipman e o secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa. O senador Flávio Arns, sobrinho de Zilda, também segue em um dos voos. Embarcaram ainda representantes da defesa Civil e do Ministério da Saúde do Brasil.

"Vamos fazer um levantamento da situação e verificar in loco o que pode ser feito. Há um problema de acesso da pista [no aeroporto de Porto Príncipe]. Vamos esperar em Rio Branco [capital do Acre] a autorização para seguir viagem", afirmou Jobim.

A mulher de Igor Kipman, Roseana, se deslocou até o local onde estava Zilda Arns no momento em que foi atingida pelos destroços do terremoto.

Missão brasileira no Haiti
O Brasil tem 1.266 militares na Força de Paz da ONU, a Minustah, dos quais 250 são da engenharia do Exército.

O general Carlos Alberto Neiva Barcellos, chefe do setor de comunicação social do Exército, disse a jornalistas que há grande número de militares brasileiros desaparecidos após o terremoto.

O Brasil, que lidera as tropas de paz da ONU no Haiti, participa da Minustah com 1.266 militares. O contingente total da missão é de 9.065 pessoas, sendo 7.031 militares, segundo dados de novembro.

*Com informações de Keila Santana, do UOL Notícias em Brasília, da Agência Brasil e das agências internacionais

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ooops! - Faustão perde um quarto do ibope em 7 anos

Nos últimos sete anos, o programa “Domingão do Faustão” perdeu cerca de 26% de seu ibope, ou um em cada quatro telespectadores.

O surgimento de novas mídias e atrações, bem como a tendência de as classes B, C e D rumarem à diversão fora de casa podem ser alguns motivos que fizeram um programa popular como o de Fausto Silva cair de 24,5 pontos de média no ano de 2002, para 18,1 pontos em 2009. Os dados são do Painel Nacional de Televisão (PNT).

Confira a coluna em texto.


domingo, 10 de janeiro de 2010

Resfriamento global para os próximos 20 anos (Vídeo)

Por Jovem Pan Online



O jornalista André Guilherme e a meteorologista Aline Ribeiro entrevistam o professor da Universidade Federal de Alagoas, Luiz Carlos Molion. Segundo o estudioso o clima não está aquecendo, ele afirma que próximos 20 anos serão de resfriamento do planeta. Confira! Para mais notícias acesse: www.jovempan.com.br


domingo, 3 de janeiro de 2010

Empresários investem em candidatos e depois cobram a contra-partida

Empresários ao piorizarem o "investimento" nos partidos e não em candidatos, exarcebarão as ditaduras partidárias, que beneficiarão desigualmente os candidatos

Carlos Ayres Britto, vê com preocupação o uso de caixa dois nas eleições e a dificuldade de identificar o "caminho de volta" do dinheiro das doações

Ministro Carlos Ayres Britto: a tendência dos empresários priorizarem doações ocultas torna difícil identificar o "caminho de volta" do dinheiro "doado".

Somente quando for instituído o financiamento público de campanha política os eleitos deixarão de ser autêticos "laranjas" do empresariado.

O atual modelo de financiamento de campanha torna meros "laranjas" dos empresários os detentores de mandatos, obtidos mediante esta prática elitista.

Os atuais parlamentares são responsáveis pelo modelo espúrio de financiamento de campanha política.

A doação oculta para campanha política torna uma farsa as eleições no Brasil

Leia o que publica a

Folha de S. Paulo


Manchete: Empresários vão priorizar doações ocultas na eleição

Dinheiro dado a partido impede identificação do candidato que o usou

Empresários devem piorizar as doações diretas aos partidos, e não aos candidatos, nas eleições deste ano.

Chamada de "doação oculta", ela impede a identificação do candidato que utilizou os recursos.

Além disso, protege as empresas, ao não vinculá-las publicamente a nenhum político.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Britto, vê a tendência com preocupação.

Segundo ele, com essa doação fica mais difícil identificar o "caminho de volta" do dinheiro.

Outra preocupação de Britto é o uso de caixa dois."

O presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, vê com preocupação a tendência dos empresários priorizarem doações ocultas na eleições

Somente quando for instituído o financiamento público de campanha política os eleitos deixarão de ser autêticos "laranjas" do empresariado

O atual modelo de financiamento de campanha torna meros "laranjas" dos empresários os detentores de mandatos, obtidos mediante esta prática elitista

Os atuais parlamentares são responsáveis pelo modelo espúrio de financiamento de campanha política.

A doação oculta para campanha política torna uma farsa as eleições no Brasil

Leia o que publica a

Folha de S. Paulo


Manchete: Empresários vão priorizar doações ocultas na eleição

Dinheiro dado a partido impede identificação do candidato que o usou

Empresários devem piorizar as doações diretas aos partidos, e não aos candidatos, nas eleições deste ano.

Chamada de "doação oculta", ela impede a identificação do candidato que utilizou os recursos.

Além disso, protege as empresas, ao não vinculá-las publicamente a nenhum político.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Britto, vê a tendência com preocupação.

Segundo ele, com essa doação fica mais difícil identificar o "caminho de volta" do dinheiro.

Outra preocupação de Britto é o uso de caixa dois."