quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Político sem mandato relatará processo contra Arruda

Chama-se José Thomaz Nonô o relator do processo de expulsão aberto pelo DEM contra o governador José Roberto Arruda.

Trata-se de um ex-deputado federal de Alagoas. Exerceu seis mandatos. Em 2006, disputou o Senado. Perdeu.

Ficou em terceiro lugar (9,66% dos votos), numa eleição que marcou o retorno de Fernando Collor (44,05%) à vida pública.

Deve-se a escolha do nome de Nonô ao presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ). Por que um ex-deputado?

Para Rodrigo, uma pessoa distanciada da cena envenenada de Brasília terá mais “isenção” para julgar o processo contra Arruda.

Consultado pelo telefone, Nonô aceitou a incumbência. Ele é advogado, promotor aposentado. Na Câmara, angariou o respeito dos pares. Escalou postos de relevo.

Foi alçado à 1ª vice-presidência da Casa na conturbada gestão de Severino Cavalcanti (PP-PE).

Um presidente que teve de renunciar ao mandato depois de ter sido pilhado recebendo ‘mensalinho’ de um concessionário de restaurante na Câmara.

Nonô volta ao palco para lidar com o mensalão do governo ‘demo’ do Distrito Federal. Impôs uma condição a Rodrigo Maia.

Exigiu liberdade para julgar de acordo com os elementos que forem carreados para os autos do processo disciplinar.

O ex-deputado alagoano entra no caso por conta de uma renúncia relâmpago. Em reunião da Executiva do DEM, Rogrigo designara um outro relator.

O diabo é que o escolhido, José Carlos Machado, um obscuro deputado de Sergipe, renunciou meia hora depois de ter aceitado descascar o abacaxi.

Escrito por Josias de Souza às 23h13

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