Washington, 17 dez (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá nesta sexta-feira em Copenhague com seu colega americano, Barack Obama, no último dia da Cúpula da ONU sobre a Mudança Climática (COP15).
Um membro do alto escalão do Governo dos Estados Unidos disse à Agência Efe que, além de Lula, Obama também se encontrará com o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, e os primeiros-ministros da China, Wen Jiabao, e da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen.
Obama conversou com Lula nesta quarta-feira para tentar levar adiante um acordo substancial contra a mudança climática na cúpula de Copenhague.
Segundo a Casa Branca, nessa conversa, o presidente americano destacou "a importância que os dois países continuem trabalhando estreitamente para conseguir um acordo concreto que signifique um verdadeiro progresso e criar uma ação global para enfrentar a ameaça da mudança climática".
Obama também destacou o papel-chave do Brasil na questão e explicou as medidas tomadas nos EUA e seu compromisso para um acordo em Copenhague que inclua redução de emissões de gases poluentes, o financiamento aos países pobres e um regime transparente de compromissos.
Com Medvedev, Obama conversará principalmente sobre o tratado de redução de armamento nuclear pendente entre os dois países e que substituirá o Start, de 1991, que venceu no último dia 5.
Os dois presidentes expressaram sua determinação para conseguir um novo acordo "o mais rápido possível". Ambos esperavam tê-lo pronto neste mês, mas ainda há empecilhos nas negociações.
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, declarou hoje que o Executivo americano seguirá "trabalhando neste acordo até que tudo esteja resolvido".
Na terça-feira passada, Gibbs tinha descartado que Medvedev e Obama pudessem assinar o novo acordo em Copenhague ao dizer que os EUA não esperam que as negociações possam terminar nos próximos dias.
Já com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, o presidente americano tentará destravar as negociações em Copenhague.
Os EUA exigem que a China ponha por escrito seus compromissos para poder verificar seu cumprimento, o que enfrenta resistência de Pequim.
Por outro lado, a China exige dos EUA uma maior contribuição financeira para que os países em desenvolvimento se adaptem às tecnologias limpas e considera que Washington deve fazer mais para cortar suas emissões poluentes.
Washington anunciou hoje que dará US$ 100 bilhões ao ano aos países pobres para que se adaptem à mudança climática. A China respondeu à atitude com uma relativa aproximação nas posições sobre verificação.
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