Sob o título de “Força dos partidos”, o jornalista Merval Pereira analisa a tentativa, efetivada pelo Presidente Lula, de estruturação sistêmica da base aliada, ainda que pese não só o aspecto fragmentário interno do PMDB, o maior partido do país e um dos componentes da coalizão governamental, mas também da fragmentação da própria Câmara dos Deputados.
Transcrevemos, a seguir, o frontispício da coluna de Merval Pereira, em virtude de seu grande poder de síntese:
“Se relevarmos o fato de que tecnicamente não existe uma coalizão partidária, que pressupõe um programa de governo comum, mas sim a união de coligações partidárias, muitas das quais nem mesmo atuaram juntas na campanha eleitoral, o Ministério que o Presidente Lula está concluindo para este seu segundo mandato é bem representativo da base aliada no Congresso. A representatividade partidária desse primeiro Ministério é um fator positivo do ponto de vista político é um governo que começa com credibilidade, com uma organização maior do que o habitual.”
Apesar do reducionismo apresentado pela organização partidária nacional, principalmente do PMDB, refletido pela fragmentação do Parlamento, cujas características são transferíveis para a base aliada, esta demonstrou um funcionamento sistêmico nas votações sobre a CPI do Apagão Aéreo, ocorridas na Comissão de Justiça e no plenário da Câmara dos Deputados.
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