BOLSAS DE VALORES DO MUNDO E SEU FUNCIONAMENTO SISTÊMICO
A queda generalizada das bolsas de valores do mundo inteiro, ocorrida a partir do dia 27 de fevereiro, demonstra a existência de um processo espontâneo de conexão, de articulação, entre elas, em ambiente de dimensão planetária, constituindo um processo abrangente que obedece as leis do mercado, difundido e disseminado através de fluxos informacionais instantâneos, harnônicos com os postulados da metodologia sistêmica.
Quando a bolsa de valores de Xangai (China), em um único pregão, desabou 8,84 pontos percentuais, desencadeou-se um processo caracterizado pelo “efeito dominó” que evoluiu segundo o sentido do fuso horário, cuja repercussão, em um só dia, percorreu toda a órbita terrestre, afetando a totalidade do mercado financeiro mundical.
Este fato corresponde à assaz conhecida existência de vasos comunicantes entre os vários sistemas econômicos nacionais, constituindo o metassistema econômico mundial.
Outra constatação, de caráter óbvio, é que o mercado “faz as suas próprias leis”, ou seja, dispõe de mecanismo automático (cibernético) de regulação, por meio de dispositivo de “feedback” negativo, correspondente à “lei da oferta e procura” que funciona como uma “mão invisível”.
Este fato, ao caracterizar a interdependência entre os estados nacionais e as respectivas economias, exige, cada vez mais, a atenção de todos os países no sentido de participar do processo de organização do ambiente internacional que os envolve.
O processo cibernético de reajuste (“feedback”) da bolsa chinesa certamente contaminará a economia global da China, conduzindo-a, paulatinamente, na direção de um sistema mais aberto, mais cibernético, mais democrático, com maior participação e controle da sociedade,
Estas considerações são atinentes aos cânones do Sistemismo Ecológico Cibernético, uma metodologia, por nós construída, mediante o aporte de idéias, fundamentos, postulados e princípios, sobretudo, da Teoria Geral dos Sistemas, da Teoria da Informação, da Ecologia e da Cibernética, mas que se abebera em outros ramos do saber científico contemporâneo.
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