AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Na contramão do que defendem setores do PSDB, que querem evitar a comparação entre o governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva e os oito anos de gestão tucana na Presidência da República, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou ontem a "inércia da oposição" e voltou a lançar ceticismo sobre o futuro do País nas mãos da administração petista. Três dias após a publicação de artigo no Estado, no qual usou expressões como "subperonismo" e "autoritarismo popular" para classificar a atual gestão, FHC traçou ontem um diagnóstico duro sobre o governo Lula.
"Escrevi esse artigo, não é a primeira vez que digo isso. Eu pus tudo junto. Sinto que há um risco de desfazer o que a gente pensou que já estivesse consolidado. É preciso estar atento a esse risco", afirmou ontem o tucano, durante encontro em que discutiu a conjuntura econômica com especialistas ligados ao PSDB, no Instituto FHC, em São Paulo. No artigo, o ex-presidente afirmou que, "se Dilma ganhar as eleições, sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão".
Durante os debates de ontem, Fernando Henrique disse ser necessário "politizar" os números sobre crescimento, porque "as estatísticas enganam muito". "A linguagem política é a que estou fazendo aqui. O número vazio não diz nada. Temos de politizar o número. Cresceu 5%, mas cresceu sobre zero", afirmou em referência às expectativas de crescimento em 2010 e 2009, respectivamente. Usando um discurso comparativo, o tucano disse ainda que na sua gestão a economia cresceu acima da média mundial e agora cresce abaixo.
Ao comentar o que chamou de inércia da oposição e da sociedade, FHC disse "que todo mundo fica com medo de falar contra". O próprio tucano comentou que se expõe muito. "Me exponho além dos limites da minha prudência", disse. "Poderia ficar em casa."
Na esteira das discussões no Congresso sobre os recursos do pré-sal, FHC aproveitou para dizer que esse é um debate em torno de recursos que ainda "não existem". "Estamos desfocados porque o governo desfocou por questões políticas", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
"Escrevi esse artigo, não é a primeira vez que digo isso. Eu pus tudo junto. Sinto que há um risco de desfazer o que a gente pensou que já estivesse consolidado. É preciso estar atento a esse risco", afirmou ontem o tucano, durante encontro em que discutiu a conjuntura econômica com especialistas ligados ao PSDB, no Instituto FHC, em São Paulo. No artigo, o ex-presidente afirmou que, "se Dilma ganhar as eleições, sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão".
Durante os debates de ontem, Fernando Henrique disse ser necessário "politizar" os números sobre crescimento, porque "as estatísticas enganam muito". "A linguagem política é a que estou fazendo aqui. O número vazio não diz nada. Temos de politizar o número. Cresceu 5%, mas cresceu sobre zero", afirmou em referência às expectativas de crescimento em 2010 e 2009, respectivamente. Usando um discurso comparativo, o tucano disse ainda que na sua gestão a economia cresceu acima da média mundial e agora cresce abaixo.
Ao comentar o que chamou de inércia da oposição e da sociedade, FHC disse "que todo mundo fica com medo de falar contra". O próprio tucano comentou que se expõe muito. "Me exponho além dos limites da minha prudência", disse. "Poderia ficar em casa."
Na esteira das discussões no Congresso sobre os recursos do pré-sal, FHC aproveitou para dizer que esse é um debate em torno de recursos que ainda "não existem". "Estamos desfocados porque o governo desfocou por questões políticas", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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